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Cientistas fazem nanopartículas "grandes" penetrarem no cérebro

29 ago 2012 - 15h44
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Cientistas usam desde os anos 90 nanopartículas para tratamentos no cérebro. Contudo, acreditava-se que existia um limite para o tamanho delas - o que impediria tratamentos eficazes contra, por exemplo, tumores. Agora, pesquisadores da Universidade Johns Hopkins (EUA) afirmam ter conseguido injetar essas substâncias "grandes" no cérebro. O estudo foi divulgado na Science, da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS, na sigla em inglês).

Imagem mostra partículas cobertas com PEG (verde) penetrar o espaço entre células do cérebro de um rato. Sem o PEG, as partículas não conseguem penetrar tanto (laranja)
Imagem mostra partículas cobertas com PEG (verde) penetrar o espaço entre células do cérebro de um rato. Sem o PEG, as partículas não conseguem penetrar tanto (laranja)
Foto: Elizabeth Nance/Graeme Woodworth/Kurt Sailor/Science Translational Medicine / Divulgação

Segundo se acreditava até agora, apenas partículas até 64 nanômetros conseguiam se mover em taxas adequadas no espaço extracelular cerebral (ou seja, entre os neurônios). Porém, os pesquisadores testaram envolver essas nanopartículas em um polímero chamado de polietilenoglicol (PEG) e conseguiram quebrar essa barreira e estender seu limite até 114 nm.

Os cientistas da Johns Hopkins queriam quebrar essa barreira. Para isso, eles testaram duas substâncias diferentes para envolver os medicamentos: o PGE e a carboxila. Eles usaram tecidos de cérebro humano e de rato (o segundo em animais vivos). Os tamanhos testados iam de 100 nm a 200 nm

O resultado com o primeiro material era particularmente bom e as partículas com até 114 nm se movimentavam entre as células em uma taxa considerada muito boa pelos pesquisadores, enquanto a carboxila ficava pelo caminho. Um dos motivos, afirmam os cientistas, é que o PEG não se prende ao fluído cerebrospinal (também conhecido como líquido cefalorraquidiano), uma substância presente no nosso crânio.

A possibilidade de uso de nanopartículas maiores permite que uma quantidade maior de medicamentos possa ser administrada, por um período maior de tempo e em mais áreas do cérebro. Segundo os cientistas, a nova técnica permitiria até o uso de vírus modificados que carregariam genes terapêuticos.

Fonte: Terra
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