PUBLICIDADE

Estaremos sempre unidos, diz Aldrin após morte de Armstrong

25 ago 2012 - 20h01
(atualizado em 27/8/2012 às 15h13)
Compartilhar

O astronauta Buzz Aldrin, segundo homem a pisar na Lua após Neil Armstrong, que faleceu neste sábado, afirmou que ambos estarão "sempre unidos" pela missão da Apollo 11.

Veja momento em que Neil Armstrong pisa na Lua:

Leia a biografia, curiosidades e frases sobre Armstrong

"Treinamos juntos e fomos bons amigos, sempre estaremos unidos por nossa participação na missão Apollo 11", escreveu o astronauta em sua conta no Twitter.

"A família Aldrin oferece seus pêsames a Carol e a toda a família Armstrong pela morte de Neil", disse Aldrin. Armstrong, 82 anos, foi vítima de complicações após uma cirurgia cardíaca realizada no início de agosto para desobstruir artérias coronárias.

Aldrin qualificou seu amigo como "um verdadeiro herói americano e o melhor piloto que já conheceu", lamentando que não possa estar junto a Collins e ele no 50º aniversário da aterrissagem na lua, que será comemorado em 2019.

"Virtualmente, o mundo inteiro fez essa memorável viagem conosco. E meu amigo Neil deu o pequeno passo, mas gigante salto, que mudou o mundo e que sempre será lembrado como um momento-chave na história humana", assinalou o astronauta.

O homem reservado

Armstrong nasceu em Wapakoneta, no Estado americano de Ohio, em 1930. Ele foi um apaixonado pela aviação e deixou a universidade em 1950 para lutar na Guerra da Coreia. Na luta, participou de 78 combates aéreos.

Após o conflito, começou a trabalhar como piloto de teste, levando a aeronave X-15 - um misto de avião e foguete - ao limite com o espaço. Foi um dos primeiros astronautas civis e participou do programa Gemini, da Nasa.

Em uma missão, uma falha no equipamento quase fez com que a nave se perdesse no espaço. Armstrong, conhecido por sua calma e frieza em momentos de crise, usou um sistema reserva para parar a nave (que girava sem controle) e fazer um pouso de emergência no Pacífico.

Mas foi o programa Apollo que eternizou o nome deste americano. Atrás dos soviéticos na corrida espacial (que já tinham mandado o primeiro satélite artificial e o primeiro homem ao espaço), o então presidente americano John F. Kennedy prometeu, em 1962, que até o fim da década iria mandar alguém para a Lua.

A preparação incluiu o treinamento para aprender a controlar o módulo lunar. Foi outro momento em que ele esteve próximo da morte. O astronauta teve que ejetar durante um voo para não morrer na queda do equipamento.

Em 16 de julho de 1969, Armstrong deixava a Terra a bordo de um gigantesco foguete Saturn V (o maior já construído pelo ser humano) ao lado dos também americanos Buzz Aldrin e Mike Collins. No dia 20 do mesmo mês, Armstrong anuciava: "A águia pousou". Pouco depois, pisava no nosso satélite natural ao lado de Aldrin. Collins ficou em um módulo em órbita.

Após a Apollo 11 e todas as honrarias que recebeu pelo feito, Armstrong dificilmente apareceu em público. Ele deixou a Nasa e foi para a Universidade de Cincinnati e depois trabalhou em empresas particulares. O homem reservado decepcionava muitos fãs ao frequentemente negar autógrafos e também aos jornalistas que pediam entrevistas. "Não quero ser um monumento vivo."

"No meu ponto de vista, uma grande conquista da Apollo foi a demonstração de que a humanidade não está presa para sempre no seu planeta", disse Armstrong em uma rara aparição.

Com informações da EFE e da AFP.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade