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Planeta está mais triste com morte de Armstrong, diz Marcos Pontes

25 ago 2012 - 19h44
(atualizado em 27/8/2012 às 15h12)
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"É muito triste. Acho que o planeta inteiro deve estar mais triste um pouquinho", diz o primeiro astronauta brasileiro, Marcos Pontes, sobre a morte do primeiro homem na Lua, Neil Armstrong. A família do americano anunciou sua morte neste sábado devido a problemas cardíacos.

Veja momento em que Neil Armstrong pisa na Lua:

Leia a biografia, curiosidades e frases sobre Armstrong

"Ele deixou um legado muito bom para o mundo, não apenas em ciência tecnologia, mas principalmente na atitude. Comparando com o esporte: só quando uma pessoa consegue quebrar um recorde, outras pessoas começam a quebrar, conseguem acreditar. Eles mostraram que era possível (chegar à lua)", diz Pontes.

O brasileiro conta que encontrou o astronauta duas vezes em Houston (EUA) e Armstrong se mostrou uma pessoa muito objetiva e profissional.

O homem reservado

Armstrong nasceu em Wapakoneta, no Estado americano de Ohio, em 1930. Ele foi um apaixonado pela aviação e deixou a universidade em 1950 para lutar na Guerra da Coreia. Na luta, participou de 78 combates aéreos.

Após o conflito, começou a trabalhar como piloto de teste, levando a aeronave X-15 - um misto de avião e foguete - ao limite com o espaço. Foi um dos primeiros astronautas civis e participou do programa Gemini, da Nasa.

Em uma missão, uma falha no equipamento quase fez com que a nave se perdesse no espaço. Armstrong, conhecido por sua calma e frieza em momentos de crise, usou um sistema reserva para parar a nave (que girava sem controle) e fazer um pouso de emergência no Pacífico.

Mas foi o programa Apollo que eternizou o nome deste americano. Atrás dos soviéticos na corrida espacial (que já tinham mandado o primeiro satélite artificial e o primeiro homem ao espaço), o então presidente americano John F. Kennedy prometeu, em 1962, que até o fim da década iria mandar alguém para a Lua.

A preparação incluiu o treinamento para aprender a controlar o módulo lunar. Foi outro momento em que ele esteve próximo da morte. O astronauta teve que ejetar durante um voo para não morrer na queda do equipamento.

Em 16 de julho de 1969, Armstrong deixava a Terra a bordo de um gigantesco foguete Saturn V (o maior já construído pelo ser humano) ao lado dos também americanos Buzz Aldrin e Mike Collins. No dia 20 do mesmo mês, Armstrong anuciava: "A águia pousou". Pouco depois, pisava no nosso satélite natural ao lado de Aldrin. Collins ficou em um módulo em órbita.

Após a Apollo 11 e todas as honrarias que recebeu pelo feito, Armstrong dificilmente apareceu em público. Ele deixou a Nasa e foi para a Universidade de Cincinnati e depois trabalhou em empresas particulares. O homem reservado decepcionava muitos fãs ao frequentemente negar autógrafos e também aos jornalistas que pediam entrevistas. "Não quero ser um monumento vivo."

"No meu ponto de vista, uma grande conquista da Apollo foi a demonstração de que a humanidade não está presa para sempre no seu planeta", disse Armstrong em uma rara aparição.

Fonte: Terra
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