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Lagosta africana usa pegadas para comer plantas terrestres

3 ago 2012 - 18h02
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Um estudo de pesquisadores do Queen Mary College (Universidade de Londres) indica que um tipo de lagosta consegue se alimentar de plantas terrestres ao usar poças d'água criadas por pegadas de hipopótamos, na África. A Procambarus clarkii é considerada uma das espécies de animais mais invasivas do planeta e o estudo indica que ela consegue sobreviver nas condições mais adversas. A pesquisa foi divulgada na revista especializada Plos One.

Espécie é considerada uma das mais invasivas
Espécie é considerada uma das mais invasivas
Foto: Alvesgaspar / Divulgação

Segundo o estudo, esse animal se alimenta de plantas terrestres quando os níveis de água do lago Naivasha, no Quênia, estão muito baixos. O mais incrível é como ele faz isso. Os cientistas descobriram que uma parte da população havia deixado o lago ao usar poças deixadas pelas pegadas de hipopótamos. Quando a noite caía, as lagostas saíam das poças e comiam plantas terrestres.

"Isso tem implicações significantes para quem está pensando em introduzir esta espécie em outras áreas", diz Jonathan Grey, pesquisador do Queen Mary. Essa lagosta foi usada em diversas regiões da África nos anos 60 para controlar a população de um tipo de caracol que carrega um parasita perigoso para o ser humano. Contudo, a solução mostrou levar a outro problema.

"Enquanto elas (as lagostas) são úteis para contra-atacar outras espécies perigosas em ecossistemas, elas também são extremamente danosas para a população de peixes e para o equilíbrio da teia alimentar. Elas comem plantas, ovas de peixes, larvas de moscas, caracóis e sanguessugas e, como nós mostramos agora que são capazes de conseguir recursos extras da terra, elas podem sustentar grandes populações sob condições adversas, como pouca água, e podem causar problemas em uma maior variedade de ambientes do que pensávamos", diz o pesquisador.

Fonte: Terra
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