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Primeira mulher americana a ir ao espaço morre aos 61 anos

23 jul 2012 - 18h52
(atualizado às 20h33)
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A astronauta Sally K. Ride morreu aos 61 anos nesta segunda-feira em La Jolla, nos Estados Unidos, após lutar contra um câncer no pâncreas por 17 meses. Em 1983, Sally se tornou a primeira mulher americana no espaço, decolando a bordo do ônibus espacial Challenger na missão STS-7.

Sally Ride lutava há 17 meses contra um câncer no pâncreas
Sally Ride lutava há 17 meses contra um câncer no pâncreas
Foto: Nasa / Divulgação

Após essa viagem histórica, Sally voltou ao espaço em 1984, na missão STS-41G. Ela deixou a Nasa em 1987, quando passou a integrar o Centro para Segurança e Controle de Armas na Universidade de Stanford. Dois anos depois, passou a dar aulas de física na Universidade da Califórnia e se tornou diretora do instituto espacial da instituição. Em 2001, ela fundou a própria companhia, a Sally Ride Science.

Trajetória

De acordo com informações da fundação da astronauta, a Sally Ride Science, em 1977 Sally já possuía formação em física e inglês pela Universidade de Stanford. Ela estava prestes a terminar seu Ph.D em física quando viu um anúncio em um jornal estudantil afirmando que a Nasa procurava por astronautas. Até então, os astronautas eram pilotos de teste e militares, todos homens. Na época, a Nasa começou a buscar cientistas e engenheiros e permitiu que mulheres se inscrevessem. Sally enviou seu currículo, junto a outras 8 mil pessoas. Desse grupo, foram escolhidos 35 astronautas, incluindo seis mulheres. Sally foi selecionada em janeiro 1978.

O treinamento de Sally para se tornar astronauta incluiu paraquedismo, aprender sobrevivência na água, comunicação por rádio e navegação. Ela gostou tanto do processo que ele se tornou um de seus hobbies. Durante o segundo e terceiro voo do ônibus espacial Columbia, ela trabalhou da Terra como oficial de comunicações, transmitindo mensagens do controle de missão para as tripulações. Ela fez parte, ainda, da equipe que desenvolveu o braço robótico utilizado pelas equipes dos ônibus para implantar e recuperar satélites.

Em agosto de 1979, após o treinamento de um ano e o período de avaliação, Sally se tornou elegível para ser astronauta em uma tripulação do ônibus espacial. Na viagem que a fez entrar para a história em 18 junho de 1983, Sally decolou acompanhada de quatro homens que integravam a tripulação. Durante essa missão, a equipe implantou satélites para Canadá e Indonésia, operou um braço robótico para realizar a primeira implantação e recuperação do Shuttle Pallet Satellite, entre outros feitos. A missão durou 147 horas, e a Challenger pousou na Califórnia no dia 24 de junho.

O segundo voo de Sally, em 5 de outubro de 1984, contou com uma tripulação de sete pessoas, a maior até o momento para uma missão do tipo. A viagem durou oito dias, implantando o Earth Radiation Budget Satellite e conduzindo observações científicas. Foram 197 horas de voo. Em 1985, Sally foi chamada para a missão STS 61-M, mas o treinamento foi interrompido um ano depois, quando a Challenger explodiu ao decolar. A astronauta participou da comissão que investigou a tragédia. Após a conclusão, ela foi designada para a sede da Nasa como assistente especial para planejamento estratégico de longo prazo. Lá, ela se tornou a primeira diretora do Escritório de Exploração da Nasa.

Ela se aposentou da agência em 1987, quando passou a integrar o Centro para Segurança e Controle de Armas na Universidade de Stanford. Em 1989, começou a lecionar física na Universidade da Califórnia, tornando-se diretora do instituto espacial da instituição.

Com informações da Nasa e da Sally Ride Science

Fonte: Terra
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