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México adere a projeto mundial de resgate de idiomas ameaçados

17 jul 2012 - 21h58
(atualizado às 22h21)
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O México aderiu nesta terça-feira ao projeto internacional "Línguas em Perigo de Extinção", que procura incentivar a troca global de informação sobre idiomas que podem deixar de existir. O Instituto Nacional de Antropologia e História anunciou em comunicado que esta iniciativa, que será baseada na tecnologia do buscador Google, está focada na difusão pela internet das línguas com risco de extinção e se centralizará no site "www.endangeredlanguages.com".

No portal, que já está disponível, pesquisadores, instituições, universidades e entidades públicas trocam informação sobre idiomas que estão em risco. O projeto, além disso, permitirá registrar amostras de línguas ameaçadas, e oferecer a possibilidade compartilhar cada uma delas, assim como pesquisar sobre estes idiomas, oferecendo sugestões aos que trabalham com a documentação e a proteção destes.

A Aliança para a Diversidade Linguística, que reúne cerca e 30 organizações de todo o mundo, será a entidade encarregada de "acelerar, reforçar e catalisar a atividade relacionada com a documentação de línguas em perigo". Além disso, dará apoio as comunidades que lutam pela proteção e revitalização de suas línguas, e transmitirá informação sobre diferentes formas de combater a ameaça de desaparecimento dos idiomas.

O Instituto anunciou que se uniu à plataforma de arquivos digitais sobre os dialetos maternos do México, que incluem gravações de cantos, contos, documentários e textos interativos relacionado com os idiomas em perigo. "Um idioma é a forma como pensamos, um mundo desaparece se some uma língua, por isso, o Instituto se soma com entusiasmo ao Projeto Línguas em Perigo de Extinção", afirmou o diretor-geral do Instituto Nacional de Antropologia e História, Alfonso de Maria.

O diretor do Instituto Nacional de Línguas Indígenas, Javier López, após dirigir uma saudação em sua língua mãe, maia tzeltal, afirmou que a instituição incluirá na nova plataforma web os catálogos das línguas indígenas nacionais, com seus referências estatísticas (cidade, município e estado). Segundo especialistas, quase a metade das sete mil línguas que se falam atualmente no mundo pode desaparecer ao término do século XXI.

EFE   
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