Google cria computador que simula pensamento humano
26 jun2012 - 14h37
Compartilhar
Pesquisadores do Google X - o laboratório secreto do Google responsável por projetos como os óculos de realidade aumentada ou o carro sem motorista - criou um computador que simula o pensamento humano. Segundo reportagem do The New York Times desta terça-feira, a companhia ligou 16 mil computadores para criar uma rede neural que vasculha a internet para aprender sozinha.
Depois de vasculhar 10 milhões de imagens digitais no YouTube, a máquina do Google foi capaz de reconhecer sozinha o que são gatos. Os resultados da pesquisa serão apresentados nessa semana em uma conferência em Edimburgo, na Escócia.
"Nunca dissemos durante o treinamento 'isso é um gato'. Ele basicamente inventou o conceito de um gato", afirmou o pesquisador do Google Jeff Dean. O cérebro do Google montou uma imagem de sonho digital de um gato, empregando uma hierarquia de memória após ser exposto a milhões de imagens. Os cientistas disseram, no entanto, que parecia que tinha desenvolvido uma habilidade cibernética semelhante ao que acontece no córtex visual do cérebro.
Entre as aplicações possíveis dessa pesquisa estão a melhoria na visão e percepção de imagens, reconhecimento de voz, busca e tradução.
Profissionais da área de construção precisam pensar e agir de acordo com as especificações de cada projeto - um processo que seria muito trabalhoso e exigiria uma complexa configuração das máquinas. A tecnologia, porém, deve ajudar cada vez mais os construtores a darem conta do trabalho pesado
Foto: Getty Images
Ainda que sofra alguma resistência por parte dos consumidores, as áreas de telefonia e tecnologia da informação exigem que do outro lado da linha haja um humano que possa resolver os problemas dos usuários. A tecnologia existente ainda não é capaz de captar todos os detalhes de um pedido e ajudar a resolvê-lo de maneira que satisfaça o cliente
Foto: Getty Images
Robôs precisam de alguém que os configure. Profissionais de automação são necessários para criar, configurar, calibrar e manter as máquinas funcionando
Foto: Reuters
Máquinas não são bem-vindas em locais onde a interação humana é valorizada: caso de creches, escolas, universidades e outros locais que empregam professores. Especialmente nos primeiros anos, durante a alfabetização, esses profissionais continuarão sendo muito importantes. Especialistas apontam, porém, que há grandes chances de o ensino superior migrar para aulas online
Foto: Reuters
Com o aumento da quantidade de problemas ambientais, mais e mais pessoas serão necessárias para avaliar e tentar encontrar soluções para os problemas do mundo. Os ambientalistas terão a tarefa de pensar sobre a natureza ainda mais valorizada nos próximos anos
Foto: AP
Apesar de o uso de máquinas ter aumentado consideravelmente nos últimos anos, médicos ainda são necessários para operar e tomar decisões que podem salvar uma vida - além de interagir com seus pacientes
Foto: AP
Pessoas precisam de pessoas que as entendam e com quem possam interagir. Por isso, os cuidados dos profissionais da saúde permanecem importantes e não poderiam ser substituídos por robôs
Foto: Reuters
Apesar de robôs já serem utilizados para organizar e escolher histórias, escritores, jornalistas e editores continuarão sendo necessários para escrever notícias que as pessoas queiram ler e manter meios de comunicação em atividade
Foto: AFP
Profissões que exigem criatividade serão sempre necessárias: publicitários, advogados, analistas financeiros, arquitetos têm funções que exigem discernimento, opinião e julgamento próprios. Já os cargos ocupados por aqueles que auxiliam esses profissionais podem um dia ser preenchidos por máquinas
Foto: AP
Muitas profissões foram tornadas obsoletas com o advento de máquinas e a expansão da tecnologia. Outras passaram a exigir menos interação ou maior conhecimento técnico. Algumas, porém, talvez nunca possam ser assumidas por robôs. Um exemplo é o cargo dos políticos: um presidente-robô precisaria de níveis artificiais de inteligência ainda não desenvolvidos pelos humanos. Os cargos de funcionários do governo, porém, podem estar ameaçados, aponta o Huffington Post