Cientistas que 'desafiaram' Einstein admitem que estavam errados
8 jun2012 - 17h01
(atualizado às 17h29)
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Uma equipe de cientistas que anunciou no ano passado que os neutrinos eram mais rápido do que a luz, admitiu nesta sexta-feira que Einstein tinha razão e que sua teoria da relatividade também se aplica a estas partículas subatômicas elementares.
Os pesquisadores, que trabalham no Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (CERN, na sigla em francês) em Genebra, causaram comoção na comunidade científica ao publicar, em setembro de 2011, o resultado do experimento Opera.
Ela indicava uma velocidade dos neutrinos superior à da luz, considerada o "limite intransponível" na teoria da relatividade geral de Albert Einstein, de 1905.
Grande parte da física moderna é baseada na teoria de Einstein, segundo a qual nada pode superar a velocidade dos feixes luminosos no vácuo. Os especialistas anunciaram, então, ter detectado neutrinos que percorreram os 730 km que separam as instalações do CERN, em Genebra, do laboratório subterrâneo de Gran Sasso (Itália), 6 km/seg mais rápido do que a luz e chegaram 60 nanossegundos antes dela.
Mas, na sexta-feira, durante uma conferência internacional sobre física dos neutrinos e astrofísica, organizada em Kyoto, antiga capital imperial japonesa, a equipe do Opera admitiu que os resultados estavam equivocados.
"Os primeiros dados, medidos até 2011, com o feixe de neutrinos entre o CERN e Gran Sasso, foram revistos levando em conta os efeitos dos instrumentos testados", explicou a equipe. Procedeu-se a "novas medições" que estabeleceram que há "uma velocidade de neutrinos coerente com relação à velocidade da luz".
Em fevereiro passado, alguns físicos que tinham estudado o experimento Opera aventaram a hipótese de que seus resultados estivessem equivocados devido a uma má conexão entre um GPS e um computador que era usado para a medição.
Na ocasião, o CERN emitiu um comunicado, dando a entender que os neutrinos não superaram a velocidade da luz no vácuo (300 mil km/s). "Começamos a presumir que os resultados da Opera se deviam a um erro de medição", avaliou o diretor de pesquisas do Centro Europeu, Sergio Bertolucci.
As verificações efetuadas pela equipe do Opera confirmaram este defeito na conexão, que reduzia o tempo do percurso dos neutrinos em 74 nanossegundos com relação à realidade. Além disso, o relógio de alta precisão usado pelo Opera também estava sutilmente desajustado e acrescentou 15 nanossegundos ao tempo de trajeto, explicaram os membros em Kyoto.
Uma vez corrigidos estes dois erros, os neutrinos medidos entre o CERN e Gran Sasso exibiam efetivamente uma velocidade "coerente" com a teoria de Einstein. Em março, o físico italiano coordenador da experiência Opera, Antonio Ereditato, se demitiu. O jornal italiano Corriere della Sera, em seu site na internet, o apelidou de "físico do fracasso".
O telescópio Alma fez este novo registro da radiogaláxia Centaurus A (em tons de verde, amarelo e laranja). A imagem é combinada com uma feito por um telescópio infravermelho, em dourado
Foto: Divulgação
Na cidade de Novogrudok, na Bielorússia, o céu límpido favoreceu a visualização
Foto: AP
Imagem divulgada pelo astronauta Andrés Kuipers mostra a França de costa a costa - mais exatamente da Cote d'Argent à Cote d'Azur. À esquerda, o grande conjunto de luzes é Paris
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
Em São Petersburgo ela foi fotografada atrás de estátuas da Catedral de São Isaak. A "Superlua" ocorre cerca de uma vez por ano. O perigeu (ponto em que a Lua está mais próxima da Terra) deixou nosso satélite natural aparentemente 14% maior e 30% mais brilhante na noite de sábado e madrugada de domingo
Foto: AP
Na Grécia, a Superlua foi fotografada atrás do Templo de Poseidon, em Atenas
Foto: AP
O astro também foi visto em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos
Foto: Reuters
A Lua aparece atrás de uma mesquita em Amã
Foto: Reuters
A noite de 19 de maio foi marcada pelo aparecimento da "Superlua" nos céus de vários países. O nosso satélite estava aparentemente 14% maior e 30% mais brilhante devido à maior aproximação da Terra. Na imagem, um cavalo passa em frente ao astro durante um tradicional evento hípico realizado em Three Forks, no Estado americano de Montana
Foto: Reuters
A "Superlua" é capturada atrás de réplica da Estátua da Liberdade construída no topo de um hotel em Pristina, no Kosovo
Foto: AP
A Lua é fotografada ao lado de apartamentos em Bucareste, na Romênia
Foto: Reuters
A Lua se ergue atrás de prédio da Universidade da Flórida, em Gainesville, nos Estados Unidos
Foto: AP
A internauta Sonia Pimenta registrou a Lua de uma fazenda em Alta Floresta, no Mato Grosso
Foto: Sonia Pimenta / vc repórter
A internauta Francielli Honorato Alves fotografou a Lua em Bálsamo, no Estado de São Paulo, às 19h30
Foto: Francielli Honorato Alves / vc repórter
O internauta Thiago Lima Bomfim de Jesus registrou a Superlua de sua casa em Salvador
Foto: Thiago Lima Bomfim de Jesus / vc repórter
A Nasa divulgou nesta terça-feira no Flickr esta imagem de um meteoro durante uma chuva que ocorreu em 21 de abril. O registro feito pelo astronauta Don Pettit, a partir da Estação Espacial Internacional, tem uma exposição de seis segundos. Na Terra, podem ser vistas as luzes do Estado americano da Flórida e de Cuba
Foto: Nasa / Divulgação
Aglomerados globulares são unidos em uma forma esférica pela força da gravidade. O observatório ESO fez este registro de um aglomerado de 10 bilhões de anos
Foto: ESO / Divulgação
A galáxia NGC 2366 está perto o suficiente para os astrônomos discernirem suas estrelas individuais. Esta imagem foi feita pelo Hubble
Foto: Nasa/ESA / Divulgação
Imagem divulgada nesta sexta-feira pela ESA mostra o doutor Alexander Kumar aproveitar os últimos raios de sol
Foto: ESA / Divulgação
Grupo de pesquisadores da França e da Itália ficará sozinho por quatro meses no inverno da Antártida para entender os efeitos no corpo de um isolamento prolongado
Foto: ESA / Divulgação
Kumar vai medir a atividade cerebral e os hormônios dos participantes. Segundo a ESA, a estação é o mais próximo que temos de simular uma exploração interplanetária
Foto: ESA / Divulgação
O astronauta André Kuipers registrou o perigeu da Lua visto da Estação Espacial Internacional
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
Ela parece achatada devido a um fenômeno conhecido como refração - assim como a água da piscina distorce a imagem que vemos do que está dentro dela. Neste caso, o que causa a refração é a atmosfera da Terra
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
A foto feita pelo satélite Elektro-L tem 121 megapixels, quase 1 km por pixel, e é a a melhor imagem única da Terra
Foto: Divulgação
Equipe de astronautas se apresenta antes do lançamento do dia 17 de maio da nave Soyuz TMA-04M
Foto: Shamil Zhumatov / Reuters
O padre também abençoou a nave em sua base de lançamento
Foto: AFP
Um policial faz a segurança em frente à nave russa enquanto é transportada à base de decolagem de Baikonur
Foto: Shamil Zhumatov / Reuters
Os cosmonautas russos Gennady Padalka e Sergey Revin e o astronauta da Nasa Joe Acaba posaram para fotos após uma conferência de imprensa na base cazaque de Baikonur
Foto: Shamil Zhumatov / Reuters
A imagem, registrada pelo satélite Hinode, da Agência de Prospecção Aeroespacial do Japão (Jaxa), mostra o sol dois minutos antes do final do eclipse parcial. Um eclipse anular ocorre quando a lua, um pouco mais distante da Terra do que a média, passa diretamente entre a Terra e o Sol, surgindo um pouco menor para os observadores
Foto: Jaxa/Hinode / Divulgação
O satélite Hinode registrou o ponto máximo do eclipse anular. O Hinode fica em órbita abaixo da Terra, sincronizado com o sol, o que permite observações quase contínuas do astro
Foto: Jaxa/Hinode / Divulgação
O Hinode registrou os dois minutos anteriores ao início do eclipse parcial do sol
Foto: Jaxa/Hinode / Divulgação
O astronauta André Kuipers, a bordo da ISS, anunciou na quinta-feira, dia 24, que a cápsula Dragon havia passado cerca de 2,5 km abaixo da Estação, e avisou que a captura seria feita em breve
Foto: Esa/Nasa / Divulgação
A imagem mostra a cápsula de carga Dragon sendo agarrada pelo braço robótico da Estação Espacial Internacional, na sexta-feira, 25 de maio
Foto: Nasa / AP
A Dragon é acoplada à ISS
Foto: Nasa / AP
Utilizando-se do guincho robótico de 17,7 m de comprimento da ISS, o astronauta da Nasa Don Pettit capturou a Dragon por volta das 10h56 (horário de Brasília)
Foto: Nasa / AP
Após capturar a cápsula, o braço robótico da ISS começou a posicioná-la para a acoplagem
Foto: Nasa / AP
A Dragon se aproxima da ISS. Os astronautas Don Pettit e Andre Kuipers usam o braço robótico Canadarm2 para mover a cápsula de carga
Foto: Nasa / AP
A cápsula carrega 544 kg de comida, água, roupas e recursos para a tripulação da ISS
Foto: Nasa / AP
A Dragon sobrevoou a costa ocidental da África
Foto: Nasa / AP
A Dragon foi capturada com êxito pelo braço robótico da ISS, que orbita a 385 km da Terra
Foto: EFE
A cápsula de carga não tripulada Dragon, da Space X, se acoplou com sucesso à Estação Espacial Internacional (ISS) nesta sexta-feira às 13h02 (horário de Brasília)
Foto: Nasa / Divulgação
O astronauta Don Pettit registrou uma série de fotografias que resultaram nesta imagem "psicodélica" da Terra e das estrelas. Segundo Pettit, para fazer um registro desses é necessário fazer uma exposição entre 10 e 15 minutos, mas sua câmera digital chegava a apenas 30 segundos. Ele então fez várias exposições e depois as uniu com um programa. Foi um total de 18 fotografias para chegar a essa composição
Foto: Nasa / Divulgação
Eclipse anular é visto entre nuvens em Taipei, Taiwan. Uma faixa que começa na Ásia e vai até os Estados Unidos, atravessando o Pacífico, pode ver o raro anel de fogo
Foto: AP
Mulheres observam eclipse em Tóquio com óculos especiais
Foto: AP
Eclipse parcial é registrado em Tóquio
Foto: AP
Lua não consegue cobrir totalmente o Sol e forma um eclipse anular. O anel de fogo ocorre porque o satélite está muito longe da Terra. Esta imagem foi registrada em Tóquio
Foto: AP
Estudantes observam o fenômeno em escola de Tóquio
Foto: Reuters
Chinês ignora eclipse e passeia com cachorro em Pequim
Foto: AP
Eclipse parcial é refletido em poça de água
Foto: AP
Mulher observa fenômeno em Yokohama, no Japão
Foto: AP
O dia começa com eclipse em Xangai
Foto: Reuters
Eclipse parcial é visto em Pequim
Foto: AP
A Coreia do Sul também pode apreciar o fenômeno
Foto: EFE
Yokohama, no Japão, foi uma das cidades que viu o anel de fogo. Muitos outros lugares vão apreciar apenas o eclipse parcial
Foto: AP
Muitas pessoas pararam no Japão para olhar o raro fenômeno. Grandes cidades como Tóquio e Yokohama (na foto) puderam ver o eclipse anular - quando a Lua não cobre toda a luz do Sol, que forma o chamado anel de fogo
Foto: AP
Fenômeno aparece entre nuvens na ilha
Foto: AP
Em Hong Kong, o eclipse também foi visto
Foto: AP
Sequência mostra o fenômeno em Seul - cidade viu apenas o eclipse parcial, e não o anular
Foto: EFE
É a primeira vez em 932 anos que os japoneses podem ver um eclipse anular - ou anelar -, segundo a agência AFP
Foto: AFP
Eclipse é visto nas Filipinas
Foto: AP
Fotógrafo registra avião passar em frente ao eclipse
Foto: EFE
Fotógrafo registra o fenômeno nas Filipinas
Foto: AFP
Japonesa brinca com o óculos especial
Foto: AFP
Sequência mostra o anel de fogo em Tóquio
Foto: AFP
Homem usa binóculo com proteção no Estado americano de Utah
Foto: AP
Pessoas observam também em Phoenix, nos Estados Unidos
Foto: AP
Em Utsunomiya, no Japão, sequência de imagens mostra o eclipse anular
Foto: AFP
Em Takayama (Japão), menina usa objeto branco e telescópio para registrar o fenômeno
Foto: AFP
Estado do Texas também viu o eclipse anular. Como a Lua está muito longe da Terra, ela não conseguiu bloquear toda a luz do Sol, que forma o chamado anel de fogo
Foto: AP
Brasileiro registra o fenômeno natural em Tsushima, no Japão
Foto: Eduardo Nakagawa / vc repórter
O astronauta André Kuipers registrou o interior da cápsula privada Dragon, a primeira nave privada enviada à ISS
Foto: André Kuipers/Nasa / Divulgação
Kuipers afirma que a nave é espaçosa, moderna e "parece um pouco com um set de filmagens de um filme de ficção científica"
Foto: André Kuipers/Nasa / Divulgação
O astronauta André Kuipers brinca dizendo que na imagem está o portão para a "Cova do Dragão"
Foto: André Kuipers/Nasa / Divulgação
A nave espacial é composta por três elementos principais: o "cone de nariz", parte frontal que protege a nave e adaptador de acoplamento durante a subida; a nave espacial, que abriga a tripulação e/ou carga pressurizada, bem como a seção de serviço contendo aviônicos, o sistema de controle de reações (RCS, na sigla em inglês), pára-quedas e infra-estrutura a outros apoios; e o "porta-malas", que armazena a carga sem pressão e vai apoiar painéis solares e radiadores térmicos
Foto: André Kuipers/Nasa / Divulgação
Embora projetada para transportar carga e tripulação para a ISS, a Dragon também fornece uma excelente plataforma para demonstrações no espaço de tecnologia e testes de instrumento científico
Foto: André Kuipers/Nasa / Divulgação
Esta imagem divulgada pelo observatório da Universidade de Porto Rico-Arecibo é um registro feito pelo satélite MTSAT no dia 21 de maio. Os pesquisadores faziam correções de cor no equipamento quando registraram a sombra da lua no nosso planeta. Veja aqui mais imagens do raro eclipse anular. A seguir, veja mais fotos da Terra vista do espaço
Mosaico divulgado pelo observatório Catalina mostra os registros feitos de asteroide, o sexto mais próximo a passar pela Terra sem colidir. Oasteroide passou "raspando", mas foi descoberto apenas um dia antes
Foto: Divulgação
O holandês publica imagem do "topo do mundo", mostrando a Cordilheira do Himalaia e o planalto do Tibete
Foto: André Kuipers/Nasa/Esa / Divulgação
O astronauta holandês Andrés Kuipers registra o vulcão Tambora, na ilha Sumbawa, na Indonésia. Uma erupção deste monte em 1815 causou a morte de mais de 90 mil pessoas. As cinzas cobriram boa parte do planeta, impedindo a passagem da luz do Sol, e a população da Europa e da América do Norte chamou 1816 de "o ano sem verão". Veja a seguir mais imagens da Terra vista do espaço