Ambientalista pede na Justiça para ver laudo da morte de gorila
5 jun2012 - 16h00
(atualizado às 17h00)
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Idi Amin era o único gorila macho na América Latina e morreu em março, aos 37 anos, no zoológico de Belo Horizonte, administrado pela Fundação Zoobotânica da cidade, em 7 de março. O animal passava por um procedimento médico de rotina quando faleceu, mas um laudo estava previsto para sair em 30 dias para explicar a causa do falecimento. A falta do documento até agora fez o ambientalista Heleno Maia pedir na Justiça sua divulgação. "Eu sempre ia lá na fundação e passando de bobo. Ia lá e nada de laudo (...) então, chegou um momento que eu dei um basta. A situação agora é recorrer ao judiciário", diz Maia.
Maia afirma que entra com o pedido nesta terça, Dia Mundial do Meio Ambiente. O ambientalista afirma que conversou com 12 veterinários e que acredita que a morte pode ter sido causada por tranquilizantes administrados durante o procedimento de rotina, mas, para ter certeza, precisa ter acesso ao laudo. Maia afirma ainda que o animal não era velho e que um gorila pode viver até os 70 anos.
No dia da morte, a Fundação Zoobotânica afirmou que o animal vinha sendo tratado de um ferimento recente em um dos braços e que estava melhorando aos poucos. No entanto, nas semanas anteriores, outras doenças crônicas - como insuficiência renal e osteoartrite - complicaram o quadro de saúde do animal, que passou a sofrer de anemia e desidratação. "Devido à idade avançada e à ação conjunta destas enfermidades, seu estado clínico se agravou gradativamente nas últimas semanas, não apresentando resposta clínica satisfatória ao tratamento intensivo realizado", disse a fundação em nota.
A instituição divulgou nota na segunda-feira sobre a morte do animal. "A Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte informa que o laudo de necropsia do Gorila Idi foi finalizado e a conclusão da causa mortis foi de insuficiência renal crônica associada a poliartrite crônica-ativa, confirmando a suspeita clínica informada anteriormente. O laudo foi elaborado pela equipe de Médicos Veterinários da FZB-BH e do Setor de Patologia da Escola de Veterinária da UFMG, onde foram realizados todos os exames complementares", diz a instituição. Quanto ao laudo completo, a fundação afirma que é um documento interno e por isso não divulgou.
Quando um zoo alemão anunciou que pretendia sacrificar um filhote de urso polar rejeitado pela mãe devido ao medo de que o animal ficasse muito agressivo, manifestações de todo o país e vários lugares do planeta salvaram o animal. Mas ele não foi um caso isolado. Nesta semana, o governo escocês se mobilizou simplesmente para conseguir o primeiro casal de pandas do país. Veja a seguir alguns dos casos mais incríveis de animais que levaram especialistas, governos e até a população a s mobilizar
Foto: Reuters/EFE / AP
O leão Ariel, que era tetraplégico, causou uma mobilização na internet. O animal, que passava por tratamento em São Paulo, recebeu muitas doações que ajudaram a pagar seu tratamento (que teria custado cerca de R$ 18 mil)
Foto: EFE
Apesar da mobilização, o animal morreu em julho em São Paulo
Foto: EFE
O animal sofria de uma rara doença degenerativa autoimune que provocava paralisia
Foto: EFE
Segundo a médica veterinária Livia Pereira Teixeira, a causa da morte do leão foi a progressão da doença degenerativa
Foto: EFE
O tratamento que o animal estava submetido não conseguiu frear a doença
Foto: EFE
O animal, que vivia com cuidados especiais em um canil na cidade de Maringá (PR), nasceu em 2008 e ganhou fama ao aparecer na TV, vivendo em um sítio de uma família local
Foto: EFE
Na Nova Zelândia, um pinguim perdido que acabou comendo areia da praia (achando que era gelo). O resgate do animal mobilizou governo, especialistas e até cirurgiões. John Wyeth, chefe da gastroenterologia do hospital de Wellington e um dos mais renomados médicos do país, participou de uma das cirurgias que o pinguim passou
Foto: AFP
A história de Happy Feet teve um final mais feliz que a do leão. O animal foi recuperado e voltou ao mar
Foto: AP
O pinguim imperador que apareceu "perdido" na Nova Zelândia em junho começou sua jornada de volta para casa em um navio de pesquisa no dia 29 de agosto. Leia notícia relacionada
Foto: AP
A jaula que leva Happy Feet foi projetada especialmente para ele
Foto: AP
O animal havia se perdido em junho após sair 4 mil km de sua rota normal
Foto: AP
A chegada do casal de pandas em Edimburgo - o primeiro em 17 anos na Grã-Bretanha e o primeiro destinado à procriação na Escócia - causou comoção no Reino Unido. Sites dos principais jornais e redes de TV noticiaram quando Tian Tian Yang Guang desembarcam no país
Foto: AP
Ministro do Exterior britânico, Jeremy Browne, aparece ao lado de um panda durante visita à China. A TV BBC chegou a exibir uma matéria especial para mostrar como será o local onde o casal vai viver no zoo de Edimburgo. O país oriental decidiu enviar os animais após negociação - com direito a inspeção do zoo britânico
Foto: AP
Até o primeiro-ministro escocês, Alex Salmond, participou da negociação, que, segundo ele, faz parte de um acordo de troca cultural com a China
Foto: AP
De acordo com o The Guardian, a empresa de entregas FedEx também vai aproveitar a popularidade dos animais. A companhia, que fará o transporte dos pandas, vai customizar um Boeing 777, chamado de "Panda Express" e que já faz entregas para a China
Foto: AFP
O urso Knut gerou mobilização na Alemanha após veterinários proporem o sacrifício do animal. O urso polar tinha sido rejeitado pela mãe e os especialistas temiam que ele ficasse muito agressivo. Knut, que nasceu em 2006, se transformou em uma celebridade internacional. Ele morreu em março de 2011 por causas naturais
Foto: AP
A notícia da morte foi dada por um funcionário do zoológico de Berlim, na Alemanha, onde Knut vivia
Foto: AP
O zoológico informou que o urso polar morreu enquanto estava sozinho em seu complexo, e que a causa da morte ainda não foi esclarecida
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Um exame deve ser realizado na próxima segunda-feira para esclarecer os motivos do falecimento
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Knut ficou famoso depois que sua mãe o rejeitou no nascimento
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Urso era a principal atração do zoológico alemão
Foto: AP
A baleia de 1,4 t foi alçada por um guindaste para ser transportada até o aeroporto de Amsterdã, de onde seguiu para a Espanha
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Os ativistas queriam que o animal fosse levado de volta ao mar
Foto: AP
Pelo menos dez simulações de transporte foram realizadas antes da missão
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A mudança da orca Morgan foi polêmica e a decisão partiu dos tribunais
Foto: AP
O animal foi localizado doente no mar do Wadden (norte da Holanda) em 2010 e desde então se recuperava no parque holandês