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Nossa galáxia colidirá com outra em 4 bilhões de anos, diz Nasa

31 mai 2012 - 19h49
(atualizado em 1/6/2012 às 11h15)
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Nossa galáxia está em rota de colisão com sua vizinha mais próxima, Andrômeda, e o choque está previsto para ocorrer em 4 bilhões de anos, anunciou nesta quinta-feira a agência espacial americana.

Imagem mostra como ocorreria a colisão da Via Láctea com a Galáxia de Andrômeda
Imagem mostra como ocorreria a colisão da Via Láctea com a Galáxia de Andrômeda
Foto: Nasa / Divulgação

Os astrônomos levaram anos teorizando sobre uma possível colisão entre as duas enormes galáxias, embora não se saiba a gravidade do impacto, com previsões que variavam de três a seis milhões de anos.

Mas, depois de anos de "observações extraordinariamente precisas" do telescópio Hubble, da Nasa, que acompanhou a movimentação de Andrômeda, "se dissipa toda a dúvida de que está destinada a colidir e se fundir com a Via Láctea", reportou a Nasa em um comunicado. "Levará milhões de anos antes que ocorra o impacto", destacou.

Após o impacto inicial, levará outros dois bilhões de anos para "que se fundam completamente sob a força da gravidade e que tomem a forma de uma galáxia única elíptica, similar às que são comumente vistas no universo", acrescentou a agência espacial.

As estrelas dentro de cada galáxia se encontram tão distantes umas das outras que não se acredita que possam se chocar entre si, mas é possível que as estrelas "sejam lançadas a uma órbita diferente ao redor do novo centro galáctico".

Os cientistas sabiam há tempos que Andrômeda, também conhecida como M31, se move na direção da Via Láctea a uma velocidade de 402 mil km por hora, rápido o suficiente para viajar da Terra à Lua em uma hora.

Mas a natureza da colisão e sua trajetória foram um mistério para os cientistas durante mais de cem anos, até que foram analisados os últimos resultados do Hubble.

Estes "foram obtidos observando repetidamente regiões específicas da galáxia, em um período entre cinco e sete anos", disse Jay Anderson, do Space Telescope Science Institute, em Baltimore.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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