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Agência de Energia: chance de frear aquecimento está acabando

Agência de Energia: chance de frear aquecimento está acabando

16 mai 2012 - 16h18
(atualizado às 22h03)
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A chance de limitar o aumento das temperaturas globais em 2 graus Celsius neste século está ficando cada vez menor, advertiu o economista-chefe da Agência Internacional de Energia (AIE), Fatih Birol, nesta quarta-feira. "O que vejo agora com os investimentos existentes para as usinas em construção (...) estamos vendo a porta para a meta de 2°C prestes a ser fechada e fechada para sempre", disse Birol durante a Cúpula Global de Energia & Ambiente, da Reuters.

"A porta está ficando cada vez menor em termos físicos e de possibilidade econômica", alertou. A AIE disse em novembro passado que cerca de 80% do total das emissões de carbono relacionadas a energia admissíveis até 2035 para limitar o aquecimento já está comprometido pelas usinas de energia, prédios e fábricas existentes, deixando pouco espaço para mais.

Em 2010, os países concordaram que eram necessários cortes profundos nas emissões para manter o aumento da temperatura global média abaixo de 2°C acima dos níveis pré-industriais este século. Os cientistas afirmam que a ultrapassagem desse limite poderá resultar em um clima instável, onde os extremos climáticos são comuns, mas os esforços até agora para cortar as emissões de gases de efeito estufa não são considerados suficientes para deter um aumento para além de 2°C.

Um relatório este mês feito pela entidade Clube de Roma afirmou que o crescimento nas emissões de dióxido de carbono causará um aumento de 2°C até 2052 e de 2,8°C até 2080, embora outras estimativas sejam mais conservadoras.

Alguns países estão centrando o foco nas pressões econômicas internas, o que poderá atrasar as medidas relacionadas ao clima e aumentar o custo do combate à mudança climática no longo prazo. "Um dólar não investido agora na redução de CO2 custará US$ 4,6 na próxima década para conseguir o mesmo efeito", disse Birol.

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