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Cientistas criam sutiã que monitora condições de saúde

3 mai 2012 - 21h31
(atualizado às 22h08)
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Uma equipe da Universidade de Arkansas desenvolveu uma série de sensores têxteis em nanoestruturas que podem ser colocados em um sutiã ou um colete para vigiar a condição de saúde dos pacientes onde quer que eles estejam.

O sistema de vigilância sem fio comunica as informações sobre o paciente em tempo real a um médico, um hospital ou ao próprio paciente. Por meio de um módulo leve e sem fio, os sensores se comunicam com um software que recebe os dados dentro de um smartphone, os compacta e os envia a uma variedade de redes sem fios.

"Nosso e-sutiã (sutiã eletrônico) permite uma vigilância contínua e em tempo real que identifica qualquer mudança patofisiológica", explica em comunicado o professor de engenharia elétrica Vijay Varadan. "É uma plataforma sob a qual são integrados na tela vários sensores para a vigilância da saúde cardíaca", destaca Varadan. "A roupa capta e transmite os sinais vitais de saúde a qualquer lugar no mundo".

O sistema observa a pressão sanguínea, a temperatura do corpo, o ritmo respiratório, o consumo de oxigênio, algumas atividades neurais e todas as leituras que se obtêm com o eletrocardiograma convencional, inclusive a capacidade de mostrar as ondas T investidas que indicam o início de uma parada cardíaca.

O sistema não requer nenhum outro acessório adicional para a medição da pressão sanguínea e, portanto, pode substituir os monitores de pressão convencionais. Os sensores, menores que uma moeda, incluem fios de ouro e nanosensores têxteis flexíveis e condutores de corrente elétrica. Os sensores são formados por configurações de nanoeletrodos de ouro.

Os inventores explicaram que os sinais elétricos e os dados fisiológicos captados pelos sensores se enviam ao módulo sem fio contido em uma pequena caixa de plástico. O módulo, que é o componente sem fio crucial no sistema, é basicamente um computador com baixo consumo de energia, que inclui um amplificador, uma antena, um cartão de circuito impresso, um microprocessador, um módulo Bluetooth, uma bateria e vários sensores.

O tamanho do módulo depende do consumo de energia e o tamanho mínimo de sua bateria. Varadan disse que as melhoras que se esperam nas baterias e o Bluetooth permitirão que os pesquisadores construam um módulo ainda menor, de menos de 4 cm de comprimento, 2 cm de largura e 6 mm de espessura, que substituirá a caixa rígida.

Os dados obtidos pelos sensores são depois transmitidos aos telefones e outros aparelhos portáteis disponíveis no mercado comercial.

Rob Summers fica em pé durante tratamento em Louisville. O homem de 25 anos, paraplégico desde 2006, consegue ficar em pé sem ajuda e dar alguns passos - com o auxílio dos médicos
Rob Summers fica em pé durante tratamento em Louisville. O homem de 25 anos, paraplégico desde 2006, consegue ficar em pé sem ajuda e dar alguns passos - com o auxílio dos médicos
Foto: Cortesia de Rob Summers / AFP
EFE   
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