Telescópio registra explosão de raios-X em buraco negro
2 mai2012 - 18h19
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O telescópio Chandra, da Nasa, registrou uma explosão de raios-X equivalente a milhões de vezes a radiação do Sol em todos os comprimentos de onda de radiação eletromagnética. Segundo a agência espacial, o registro, divulgado nesta quarta-feira, veio de uma galáxia vizinha à Via Láctea e é uma evidência direta de que existe uma população de velhos e voláteis buracos negros ants desconhecidos.
Os pesquisadores usaram o telescópio para descobrir uma fonte ultraluminosa de raios-X (ULX, como chamam os pesquisadores na sigla em inglês). Esses objetos emitem muito mais esse tipo de radiação que os outros sistemas binários - quando uma estrela orbita os restos de uma estrela que entrou em colapso. O astro colapsado pode se tornar uma densa estrela de nêutrons ou um buraco negro.
Acredita-se que os buracos negros dessas fontes ultraluminosas seriam jovens, já que suas companheiras são. Contudo, a descoberta feita com o Chandra indica que alguns seriam bem mais velhos e massivos do que se pensava.
A ULX foi descoberta na galáxia M83, uma espiral a 15 milhões de anos-luz da Terra. Cientistas compararam dados de 2000 e 2001 e descobriram que a emissão de raios-X aumentou pelo menos 3 mil vezes com a explosão, uma das maiores mudanças já vistas nesse tipo de objeto.
"A queima que a ULX teve nos pegou de surpresa e é um claro sinal de que descobrimos algo sobre como os buracos negros crescem", diz Roberto Soria, da Universidade de Curtin (Austrália), que liderou a pesquisa. Essa explosão certamente ocorreu devido à "queda" de matéria no buraco negro.
Outra ULX contendo um velho e volátil buraco negro foi descoberta recentemente em Andrômeda. "Com esses dois objetos, está ficando claro que existem duas classes de ULX, uma com jovens buracos negros que crescem constantemente e outra com velhos que crescem erraticamente", diz Kip Kuntz, coautor da pesquisa, da Universidade Johns Hopkins (EUA). As descobertas serão detalhadas na edição de 10 de maio da publicação especializada The Astrophysical Journal.
Observado no dia 25 de setembro do ano passado e divulgado nesta quinta-feira, o tornado descoberto no Sol tinha 200 mil km de altitude - para se ter ideia, o diâmetro da Terra é de 12 mil km
Foto: Universidade de Aberystwyth / Divulgação
Segundo cientistas, tornados no Sol são causados por erupções na nossa estrela
Foto: Universidade de Aberystwyth / Divulgação
O tornado girava a 300 mil km/h (um fenômeno parecido na Terra chega a 150 km/h)
Foto: Universidade de Aberystwyth / Divulgação
Os astrônomos afirmam que os gases superaquecidos subiram em forma de espiral da superfície do Sol durante cerca de três horas com temperaturas que variavam entre aproximadamente 50 mil e 2 milhões de °C
Foto: Universidade de Aberystwyth / Divulgação
Imagem divulgada no dia 5 de março pela Nasa mostra no canto superior esquerdo uma região do Sol em intensa erupção
Foto: Nasa / Divulgação
O telescópio VST, instalado no observatório do ESO, no Chile, obteve imagens de um conjunto de galáxias em interação no aglomerado de Hércules
Foto: ESO / Divulgação
Detalhes do encontro das galáxias podem ser observados a partir de imagens nítidas feitas pelo telescópio durante três horas de observação
Foto: ESO / Divulgação
O registro foi feito no aglomerado de galáxias de Hércules
Foto: ESO / Divulgação
Imagem de grande campo mostra o aglomerado de Hércules, que fica a cerca de 500 milhões de anos-luz de distância na constelação de Hércules
Foto: ESO / Divulgação
Adolescente fascinado por viagens espaciais conseguiu lançar uma réplica de um ônibus espacial à estratosfera. As imagens foram obtidas com uma câmera de alta definição acopladas ao balão de hélio gigante
Foto: BBC Brasil
A réplica em questão foi montada por Raul Oaida em apenas três dias com 180 blocos de montar de brinquedo e supercola
Foto: BBC Brasil
Com a dificuldade em conseguir autorização das autoridades de controle aéreo na Romênia, Oaida teve que ir à Alemanha para fazer seu lançamento, aproveitando o fato de que seu pai estava no país a trabalho
Foto: BBC Brasil
Com a ajuda de um balão de hélio gigante, uma câmera de alta definição e um localizador por GPS, Oaida registrou o voo de seu ônibus espacial a uma altitude de 35 mil metros
Foto: BBC Brasil
Imagem da Nasa mostra o momento de uma nova erupção solar no dia 9 de março, que surpreendeu os cientistas por ser mais forte do que a estimativa inicial
Foto: Nasa / Divulgação
Astronauta flagra aurora austral entre Antártida e Austrália
Foto: Andre Kuipers / ESA / Nasa / Reuters
A figura acima mostra uma parte da mais ampla imagem profunda do céu já feita utilizando radiação infravermelha. Obtida pelo telescópio VISTA no Observatório Paranal do ESO, no Chile, a imagem mostra a região conhecida como campo COSMOS, na constelação do Sextante
Foto: ESO / Divulgação
A figura foi criada combinando mais de 6000 imagens individuais do telescópio de rastreio
Foto: ESO / Divulgação
Esta carta celeste mostra a localização do campo COSMOS na constelação do Sextante. O mapa mostra a maioria das estrelas visíveis a olho nu sob boas condições, e o campo é indicado por um quadrado azul. Através de um telescópio pequeno, não se pode ver nada além de algumas estrelas fracas, mas esta pequena porção do céu foi estudada detalhadamente por telescópios em solo e no espaço
Foto: ESO / Divulgação
Esta imagem de campo amplo em luz visível da região ao redor do campo COSMOS foi criada a partir de fotografias do Digitized Sky Survey 2 tiradas nos filtros azul e vermelho. A extensão do campo, uma das regiões do céu mais estudadas com telescópios em solo e no espaço, está indicada por um quadrado azul. O campo de visão total desta imagem é de aproximadamente 3,3 graus
Foto: ESO / Divulgação
Desde que começou as operações em 2009, a maior parte do tempo de observação do telescópio tem sido dedicado a rastreio públicos, alguns cobrindo grandes zonas do céu austral e outros focando-se em áreas menores. Esta imagem foi o primeira a ser lançado publicamente e mostra a região de formação estelar conhecida como a Nebulosa da Chama, ou NGC 2024, na constelação de Orion e seus arredores
Foto: ESO / Divulgação
A cúpula do telescópio VISTA no Observatório Paranal, no Chile
Foto: ESO / Divulgação
O astronauta Andre Kiupers também é o responsável pela imagem captada em 07 de março, uma formação geológica localizada no deserto do Saara, na Mauritânia. A Estrutura de Richat possui cerca de 50 km de diâmetro e tem atraído a atenção desde as primeiras missões espaciais
Foto: Nasa/ESA / Divulgação
Alinhamento da Lua e Vênus é visto no céu de Catanduva (SP); segundo o professor Roberto Costa, do departamento de astronomia da Universidade de São Paulo (USP), o brilho visto é forte porque a Terra está muito perto de Vênus
Foto: Mario Florio / vc repórter
Foto em 360° mostra algumas das antenas do futuro telescópio Alma, no Chile. Projeção panorâmica dá a sensação do que seria estar no meio do novo observatório