Nasa busca novas ideias para missões não tripuladas a Marte
14 abr2012 - 14h05
(atualizado às 14h29)
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A agência espacial americana (Nasa) anunciou que está buscando novas ideias para missões não tripuladas para explorar Marte, depois que cortes orçamentários vetaram uma aliança prevista com este objetivo com a Agência Espacial Europeia (ESA).
"A Nasa está reformulando o Programa de Exploração de Marte para responder aos objetivos científicos de alta prioridade e ao desafio do presidente de enviar seres humanos a Marte na década de 2030", informou a agência nesta sexta-feira.
Um grupo de planejamento começou a avaliar as possíveis opções para futuras missões, o que poderia implicar o envio ao planeta vermelho de uma nave orbital ou de um veículo robótico que pousará em 2018, dois anos depois do previsto no âmbito da agora inexistente associação com a Europa.
A Nasa lançou um chamado aberto aos cientistas de todo o mundo para "apresentar ideias e resumos online como parte do esforço da Nasa para buscar as melhores e mais brilhantes ideias de investigadores e engenheiros em ciência planetária".
O Instituto Lunar e Planetário apresentará os projetos eleitos em junho em um workshop em Houston, Texas (centro-sul), informou a Nasa. "O workshop será um fórum aberto para a apresentação, discussão e exame de conceitos, opções, capacidades e inovações para avançar na exploração de Marte", informou a Nasa em um comunicado.
"Estas ideias apresentarão uma estratégia para a exploração dos recursos disponíveis, podendo começar em 2018 e abarcando até a próxima década e além", acrescentou. Os detalhes estão em www.lpi.usra.edu/meetings/marsconcepts2012.
Os Estados Unidos tinham previsto colaborar com a Agência Espacial Europeia em um projeto chamado ExoMars, que enviou um orbitador a Marte em 2016 e dois veículos de exploração ao solo do planeta vermelho em 2018. Segundo o acordo ExoMars feito em 2009, a Nasa teria contribuído com US$ 1,4 bilhão para o projeto e a ESA aportaria US$ 1,2 bilhão.
No entanto, estes planos foram anulados em fevereiro, quando um projeto de orçamento fiscal do presidente Barack Obama para 2013 impôs uma redução de US$ 226 milhões ou um corte de cerca de 39% no programa da agência espacial americana de exploração marciana, de US$ 587 milhões a US$ 361 milhões.
John Grunsfeld, administrador associado do Diretório de Missões Científicas da Nasa, disse que ainda se pode esperar uma cooperação europeia ativa nos futuros projetos de Marte.
"Continuamos trabalhando com os europeus. Mais de três quartos das nossas missões atuais representam importantes associações internacionais", disse, citando a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) como exemplo.
No entanto, o futuro da exploração de Marte para a Nasa não envolverá os planos da ExoMars, à exceção de alguns instrumentos dos Estados Unidos previstos para serem incluídos no orbitador de 2016.
A sonda Curiosity da Nasa, conhecida formalmente como Laboratório Científico de Marte, mas apelidada de "máquina de sonhos" por cientistas da Nasa, foi lançada em novembro da Flórida e espera-se que pouse no planeta vermelho no começo de agosto.
A máquina mais avançada já construída até agora para explorar a superfície do vizinho mais próximo da Terra, com custo de US$ 2,5 bilhões, leva seu próprio laboratório de análise de rochas e tem como objetivo buscar indícios de que tenha existido vida em Marte.
No dia 31 de agosto de 2012, o Sol teve uma poderosa erupção que viajou a quase 1,5 mil km/s. Ela não atingiu diretamente a Terra, mas interagiu com nossa magnetosfera no dia 3 de setembro e o resultado foi esta aurora boreal
Foto: David Cartier/Nasa / Divulgação
Filamento de plasma sai do Sol devido à erupção do dia 31. O registro foi feito por uma sonda da Nasa
Foto: Nasa / Divulgação
Aurora austral é registrada na estação Concordia, na Antártida. A estação, mantida pela Agência Espacial Europeia (ESA), é usada para o estudo dos efeitos do isolamento no corpo humano. Durante o inverno, os cientistas quase não podem sair do prédio, já que as temperaturas ficam em uma média de -51°C e o local já chegou a registrar -85°C
Foto: Divulgação
Em imagem de abril de 2012, o astronauta holandês André Kuipers, a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), publicou nesta quarta-feira um registro feito da tempestade solar Aurora Austral. O fenômeno óptico ocorre quando partículas emanadas pelo sol e poeira espacial se chocam com a atmosfera de um planeta
Foto: André Kuipers / ESA / Nasa / Divulgação
Esta imagem foi registrada na Islândia, por Skarphedinn Thrainsson. O Sol está em uma temporada de grande atividade, o que resulta em muitas tempestades solares - que causam as auroras boreais e austrais
Foto: The Grosby Group
Imagem mostra fenômeno próximo a um observatório em Fairbanks, no Estado americano do Alasca
Foto: AP
O registro foi feito no dia 8 de abril e divulgado no dia 12. Thrainsson saiu de sua casa dirigiu cerca de uma hora até o Parque Nacional Thingvellir na esperança de ver o fenômeno. A aurora durou cerca de 10 minutos, mas o fotógrafo conseguiu fazer estes registros
Foto: The Grosby Group
As fortes tempestades solares, que causam a aurora na Terra, devem continuar pelos próximos anos
Foto: The Grosby Group
O sueco Goran Strand aproveita esta temporada de auroras boreais para registrar muitas imagens
Foto: The Grosby Group
Strand tirou as fotos próximo a sua casa em Ostersund
Foto: The Grosby Group
O aumento da atividade do Sol leva a auroras cada vez mais poderosas
Foto: The Grosby Group
Imagem do astronauta André Kuipers consegue juntar a aurora boreal e as luzes do Reino Unido. Em primeiro plano, aparece a ilha da Irlanda e, ao lado, a Grã-Bretanha. Ao fundo da imagem ainda é possível notar o nascer do Sol. A fotografia foi tirada no dia 28 de março e divulgada pelo astronauta nesta terça-feira
Foto: André Kuipers/Nasa/ESA / Divulgação
Imagem de fevereiro de 2012 mostra um registro impressionante da aurora boreal nas proximidades do estado americano de Washington
Foto: AFP
Astronauta flagra aurora austral entre Antártida e Austrália
Foto: Andre Kuipers / ESA / Nasa / Reuters
A aurora boreal é registrada perto da cidade de Trondheim, na Noruega, em janeiro. Os astrônomos foram em busca de uma exibição espetacular do fenômeno após a mais poderosa tempestade solar em seis anos
Foto: AP
A Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA, na sigla em inglês) afirmou que a tempestade solar de janeiro foi a maior desde outubro de 2003
Foto: AP
Imagem da aurora boreal em Tromsoe, norte da Noruega, em meio a tempestade solar
Foto: AP
Aurora boreal registrada perto da cidade de Tromsoe
Foto: AP
O britânico Andy Keen abandonou seu emprego há cinco anos e foi morar em uma área remota da Finlândia, onde se transformou em "caçador de aurora boreal"
Foto: Andy Keen / BBC Brasil
Keen viu um documentário sobre a aurora boreal na televisão e resolveu observar as luzes. Agora ele se declara 'viciado'. Atualmente, ele mora dois graus acima do Círculo Ártico
Foto: Andy Keen / BBC Brasil
Atualmente, ele tem uma empresa de turismo especializada em levar pequenos grupos para observar as luzes durante o inverno no hemisfério norte. Acima, um dos clientes de Keen
Foto: Andy Keen / BBC Brasil
O céu livre de nuvens é uma condição para boa visão das luzes. A Lua cheia ajuda a tornar a paisagem mais bonita
Foto: Andy Keen / BBC Brasil
As luzes da aurora boreal podem ser vistas na região da Escandinávia, América do Norte, norte da Escócia e Rússia. Mas, como alerta o site de turismo da Noruega, nunca se sabe onde as luzes vão aparecer
Foto: Andy Keen / BBC Brasil
No entanto, Keen estuda, junto com sua equipe, mapas meteorológicos para saber a posição das nuvens e escolher o melhor lugar para a observação da aurora boreal
Foto: Andy Keen / BBC Brasil
Assim que a equipe consegue estimar o melhor local, com menos nuvens, Keen e os turistas viajam em micro-ônibus e até trenós puxados por cães para as áreas mais remotas da Finlândia
Foto: Andy Keen / BBC Brasil
Os melhores meses para a observação das luzes são janeiro, fevereiro e até o meio de março, quando a maior parte da neve já caiu e o céu tem uma quantidade menor de nuvens
Foto: Andy Keen / BBC Brasil
Cientistas também estimam que 2012 e 2013 serão ótimos anos para a aurora boreal. A atividade solar deve aumentar e os ventos solares são determinantes para a intensidade da luz
Foto: Andy Keen / BBC Brasil
O espetáculo se estende pelo inverno do hemisfério norte. No verão, quando as noites são curtas ou simplesmente não existem, as luzes não podem ser vistas. Mas, a atividade volta em outubro, com o início do outono