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Emissão de cinza em vulcão na Colômbia deixa cientistas atentos

9 mar 2012 - 15h45
(atualizado às 15h51)
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Uma pequena emissão de cinzas no vulcão Nevado del Ruiz, no oeste da Colômbia, que causou em 1985 a pior tragédia natural do país andino, concentra a atenção do Observatório Vulcanológico de Manizales, afirmou nesta sexta-feira à Agência Efe a diretora desse centro, Gloria Patricia Cortés.

"Foram registradas emissões nas últimas semanas e ontem (quinta-feira) verificamos e constatamos pequenas expulsões de cinzas. Foram reportadas mudanças, mas hoje diminuiu a microsismicidade", destacou Gloria.

A situação, acrescentou a diretora desse observatório, não justificou uma mudança no nível de alerta. A diretora do Observatório de Manizales comentou à Efe que essas emissões de cinzas dos últimos dias podem ser consideradas "processos de limpeza no conduto do cone vulcânico", mas ressaltou que a vigilância sobre o cume "é permanente".

Desde outubro de 2010 esse cume nevado andino, que está "em permanente observação, como muitos vulcões colombianos, registra esse nível de alerta", segundo Gloria.

A especialista lembrou que há anos não se registra um aumento significativo da atividade e também não foram constatados processos eruptivos - pelo menos desde setembro de 1989 - no vulcão, que está a 5.321 metros de altura do nível do mar.

Em 1995 e 2002 ocorreram pequenas emissões nesse vulcão situado na Cordilheira Central, que geraram na ocasião uma mudança no nível de alerta, lembrou Gloria.

"A última erupção foi em 1º de setembro 1989, quando houve queda de cinzas que chegaram a Manizales, quatro anos depois da maior, de 13 de novembro de 1985", contou a diretora científica.

Nesse dia a erupção no Nevado del Ruiz, cerca de 280 quilômetros ao oeste de Bogotá, provocou a maior tragédia natural da Colômbia, quando sepultou a cidade de Armero e 23 mil de seus 25 mil habitantes e afetou cerca de uma dezena de povoados vizinhos.

EFE   
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