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Estudo: marcador do Alzheimer pode prever evolução da doença

6 mar 2012 - 14h32
(atualizado às 15h00)
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Um novo marcador do Mal de Alzheimer permitiria prever a taxa de diminuição da capacidade mental de um paciente nos anos seguintes ao diagnóstico, de acordo com um estudo clínico publicado nos Estados Unidos. A presença de altos níveis da proteína VILIP-1 no líquido cefalorraquidiano, conhecido como LCR, de 60 doentes de Alzheimer em etapas iniciais da doença está vinculada a uma deterioração mais rápida da capacidade mental destes pacientes nos anos posteriores, disse o estudo.

Embora os pesquisadores considerem necessário confirmar estes resultados em estudos clínicos mais amplos, destacaram que os dados recolhidos já indicam que este marcador (VILIP-1) pode ser superior a todos os utilizados anteriormente para prever a progressão do Mal de Alzheimer, uma degeneração mental irreversível.

"O VILIP-1 parece ser um indicador muito bom do dano nas células cerebrais causado pela doença de Alzheimer", disse Rawan Tarawneh, professora-adjunta de neurologia na Universidade da Jordânia e principal autora do trabalho publicado na revista americana Neurologie nesta terça-feira.

Tarawneh trabalhou anteriormente na Escola de Medicina da Universidade de St. Louis, em Missouri, onde o estudo foi realizado. "Este marcador pode ser útil para prever a progressão da doença e avaliar novos tratamentos em testes clínicos", disse em um comunicado.

Os cientistas acreditam que a VILIP-1 age como um sensor de cálcio nas células cerebrais. Esta proteína é liberada no líquido cefalorraquidiano quando as células do cérebro são danificadas e, segundo os pesquisadores, revelaria a extensão dos danos causados pela doença de Alzheimer.

Uma pesquisa anterior realizada por Tarawneh e por outros cientistas havia demonstrado que os indivíduos saudáveis, mas com altos níveis de VILIP-1, mostraram um risco muito alto que a média de desenvolver deterioração cognitiva e Mal de Alzheimer nos dois ou três anos seguintes.

A menina Angelina Messingham, de Norfolk, no Reino Unido, sofre de uma rara condição que estava calcificando seu cérebro. Para salvá-la, os médicos tomaram uma decisão extrema
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Foto: Barcroft Media / Getty Images
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