Intensa erupção solar envia partículas na direção da Terra
Poderosa erupção solar envia partículas na direção da Terra
5 mar2012 - 18h21
(atualizado às 19h13)
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Uma forte erupção na superfície do Sol, somada com a temporada de tempestades, enviou ondas de plasma e partículas que alcançarão a Terra, conforme informou nesta segunda-feira o Centro de Prognósticos Climatológicos Espaciais (SWPC). O SWPC, operado pelo Serviço Meteorológico Nacional dos Estados Unidos, indicou que o clarão foi de classe X1.1, o que significa que se trata de uma das mais poderosas das erupções solares. O fenômeno aconteceu à 1h13 desta segunda-feira.
A expectativa é de que a onda de plasma e partículas solares alcance a Terra em dois ou três dias. As erupções solares interferem no campo magnético da Terra e as ondas, que obrigaram a mudar a rota de alguns aviões comerciais que sobrevoavam os pólos, continuarão se intensificando, segundo os especialistas.
O Sol passa por ciclos regulares de atividade, que a cada 11 anos aproximadamente se intensificam e provocam tempestades que às vezes deformam e inclusive atravessam o campo magnético da Terra. Os especialistas indicaram que a atual temporada de tempestades é a mais intensa registrada desde setembro de 2005 e que estas provocam efeitos especiais únicos como as auroras boreais, além de interferir nas comunicações.
Além disso, as redes de transmissão de eletricidade, as comunicações via rádio e os sistemas de satélites são afetados, mas a Nasa afirmou que os astronautas da Estação Espacial Internacional (ISS) não correm perigo.
Em janeiro, os cientistas detectaram duas erupções no período de quatro dias seguidos por ondas com bilhões de toneladas de plasma viajando a cerca de 8 milhões de km/h. A onda causada pelo segundo dos dois clarões alcançou a Terra cerca de 34 horas depois da erupção, em vez dos dois ou mais dias que habitualmente esse deslocamento demora.
O telescópio Kepler da Nasa busca rastrear mudanças na luz gerada pelas explosões que possam indicar se planetas em órbita mudaram de posição em relação a estas estrelas
Foto: Nasa / BBC Brasil
Ao fazer essas observações, o Kepler também está reunindo informações sobre o brilho repentino associado às super flares
Foto: Nasa / BBC Brasil
A imagem divulgada pelo SDO mostra as atividades solares, conhecidas como AR 1476 (esq.)
Foto: AFP
Imagem da Nasa mostra o momento de uma nova erupção solar no dia 9 de março, que surpreendeu os cientistas por ser mais forte do que a estimativa inicial
Foto: Nasa / Divulgação
Imagem do NOAA mostra o Sol no dia 8 de março. A tempestade solar é a mais forte em cinco anos, afirmou a agência
Foto: NOAA / Divulgação
Na noite de quarta-feira, 7 de março, foi dado o alerta de que a forte tempestade poderia afetar os sistemas de navegação GPS, satélites e redes de energia
Foto: AP
Duas erupções solares na madrugada do dia 7 de março desencadearam em seguida forte radiação solar e tempestade geomagnética
Foto: AFP
Imagem divulgada no dia 5 de março pela Nasa mostra no canto superior esquerdo uma região do Sol em intensa erupção
Foto: Nasa / Divulgação
Outra tempestade solar, mas com intensidade um pouco mais fraca, foi registrada em janeiro deste ano
Foto: NOAA / Divulgação
A sonda Soho, da Nasa, capturou a erupção (no alto, à direita) no dia 22 de janeiro. Segundo o NOAA, o fluxo de prótons era estimado em cerca de 3 mil pfu (sigla em inglês para unidades de fluxo de prótons, usadas para medir a energia da radiação desse tipo de evento). Contudo, hoje a agência registrou 6300 pfu
Foto: Nasa / Divulgação
No dia 19 de janeiro, a Nasa já havia registrado uma erupção do Sol
Foto: Nasa / Divulgação
A tempestade do dia 19 de janeiro não causou grandes danos na Terra