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Mais de 100 países buscam em Nairóbi fixar posturas para Rio+20

19 fev 2012 - 12h08
(atualizado às 12h55)
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Representantes de mais de cem países, entre eles 80 ministros, se reunirão em Nairóbi a partir de amanhã para estabelecer posturas para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), que será realizada no Rio de Janeiro em junho.

A 12ª Reunião Especial do Conselho de Administração do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e do Fórum Global de ministros do Meio Ambiente acontecerá na capital do Quênia até o próximo dia 23.

Entre os participantes estão a ministra do Meio Ambiente do Brasil, Izabella Teixeira, e o secretário de Estado do Meio Ambiente da Espanha, Federico Ramos, cujo país ostenta a Presidência do Conselho de Administração do PNUMA pelo segundo ano consecutivo.

A reunião do PNUMA - que contará com a presença de cientistas, empresários e grupos da sociedade civil - será a última de ministros do Meio Ambiente antes da Rio+20.

O porta-voz do PNUMA, Nick Nuttall, declarou à Agência Efe que os ministros têm a tarefa de "dar forma e fixar as posições finais" sobre os dois grandes assuntos que serão abordados na Rio+20: a economia verde e a governança meio ambiental internacional.

Sobre a governança, uma das questões pendentes é dilucidar se o PNUMA deveria se transformar em "uma instituição mais forte", com maior margem de ação, afirmou Nuttall.

Atualmente, o Programa da ONU para o Meio Ambiente carece de capacidade executiva e de um orçamento independente, já que suas decisões se elevam à Assembleia Geral das Nações Unidas, que pode aprová-las ou descartá-las.

Ao contrário de agências como a Organização Mundial da Saúde (OMS), as decisões do PNUMA não podem se transformar em normas internacionais.

Nesse sentido, Federico Ramos declarou na sexta-feira passada que o Governo espanhol apoiará que o PNUMA "suba de categoria" e se transforme em uma agência da ONU, decisão que pode ser adotada na Rio+20.

Esta Conferência será realizada no Rio de Janeiro 20 anos depois da Cúpula da Terra, ocorrida também na capital fluminense em 1992 e que firmou as bases do "desenvolvimento sustentável contemporâneo", lembrou Nuttall.

O diretor-executivo do PNUMA, Achim Steiner, espera que a reunião do Rio de Janeiro seja mais que uma "reflexão" e sirva para "traçar um rumo firme e seguro para um século sustentável", segundo afirmou no último dia 2 na 18ª Reunião do Fórum de ministros do Meio Ambiente da América Latina e do Caribe, realizada em Quito.

EFE   
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