Obama corta em 38,5% fundos para exploração de Marte
13 fev2012 - 17h05
(atualizado às 17h45)
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O governo de Barack Obama reduziu em 38,5% os recursos destinados à exploração robótica de Marte em seu projeto de orçamento para 2013 enviado ao Congresso nesta segunda-feira, o que provavelmente porá fim à associação com a Europa para duas missões no planeta vermelho.
O orçamento proposto para o conjunto da agência espacial americana (Nasa) para o ano fiscal que começa em 1º de outubro chega a US$ 17,7 bilhões, uma redução de apenas 0,3% ou de US$ 59 milhões com relação ao orçamento de 2012.
Os cortes mais drásticos afetam apenas a exploração robótica de Marte, com uma redução de US$ 226 milhões (-38,5%). O documento não menciona especificamente a associação para a missão ExoMars com a Agência Espacial Europeia (ESA), que previa o envio de duas sondas a Marte, a primeira em 2016 e a segunda em 2018, com o objetivo final de coletar amostras do solo marciano.
Segundo o acordo celebrado em 2009, a Nasa contribuiria com até US$ 1,4 bilhão para as duas missões e a ESA com US$ 1,2 bilhão. Mas os cientistas americanos da Sociedade Planetária, informados de antemão pelo governo americano, disseram na quinta-feira que a redução do orçamento da Nasa significaria o fim da ExoMars.
A Nasa atribuiu sua decisão às restrições orçamentárias que a obrigaram a revisar seu programa de exploração de Marte. "Os fundos para a exploração robótica de Marte diminuem após o lançamento, em 2012, da sonda Mars Science Laboratory - programada para pousar em Marte em agosto - e a finalização da sonda Mars Atmosphere and Vollatile Evolution Mission", que será lançada em 2013 para estudar a atmosfera marciana, informou a agência espacial americana.
"A reformulação do programa de Marte na Nasa permitirá um enfoque mais integrado para o avanço dos objetivos científicos e de exploração humana, em consonância com os recursos orçamentários e as prioridades em um plano de 10 anos na área da ciência planetária", acrescentou.
Esta imagem reúne um mosaico de registros feitos em janeiro e foi divulgada para comemorar o aniversário da sonda em Marte
Foto: Nasa / Divulgação
Nesta imagem da câmera panorâmica do Opportunity observam-se as impressões deixadas pelo robô em solo marciano logo após sua chegada
Foto: Nasa / Getty Images
Nesta foto fornecida pela Nasa pode-se observar a paisagem marciana, na qual o Opportunity pousou. Esta é uma das primeiras imagens transmitidas para a Terra a partir do robô logo depois que tocou o chão
Foto: Nasa / Getty Images
Em dezembro de 2004, a sonda tirou uma foto do próprio escudo de calor, destruído durante a descida em Marte
Foto: Nasa / Divulgação
Uma imagem feita pelo Opportunity, exibida em 7 de outubro de 2004 pela Nasa, mostra uma rocha quebrada poligonalmente chamada Escher, localizada na face sudoeste da cratera Endurance
Foto: Nasa / AFP
O "autorretrato" feito pelo Opportunity mostra a sombra do robô no solo marciano em julho de 2004
Foto: Nasa / Divulgação
Em agosto de 2007, o robô mandou à Terra uma imagem de seu braço mecânico após uma manobra de ré
Foto: Nasa / Divulgação
Na imagem de abril de 2004, o Opportunity fotografou as marcas deixadas por suas rodas na superfície de Marte após percorrer 100 metros
Foto: Nasa / Divulgação
A imagem criada digitalmente mostra como seria a visão do robô Opportunity no solo de Marte. A montagem foi feita com uma fotografia real da cratera Endurance e um modelo digital do robô, com cores artificiais
Foto: Nasa / Divulgação
Esta imagem tomada pelo robô Opportunity mostra evidências de água em Marte. O robô pousou no planeta em 25 de janeiro de 2004 e tem enviado informações sobre a geologia e a atmosfera para os cientistas para estudar
Foto: Getty Images
Os padrões encontrados nas rochas pelo robô reforçam a ideia de que a água correu na superfície de Marte em algum momento
Foto: Nasa/JPL / Getty Images
A sonda registrou a margem oeste da cratera Endeavour, após 90 meses de expedição em Marte
Foto: Getty Images
Imagem de 7 de julho de 2003 mostra o foguete que levou, após uma série de atrasos, o robô ao planeta vermelho
Foto: Nasa / Getty Images
No dia 7 de julho de 2003 o foguete que levou o robô a Marte decolou para realizar uma missão de três meses que já se transformou em uma de oito anos
Foto: Nasa / Getty Images
Nesta foto, de 24 de janeiro de 2004, os cientistas Steve Squyresm (esq) e Ed Weiler, (centro) comemoram o pouso do Opportunity com o então governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger
Foto: Nasa / Getty Images
Imagem de alta resolução, captada pela câmera panorâmica do Opportunity, destaca as rochas sedimentares do planeta vermelho
Foto: Nasa / JPL / Cornell / Getty Images
No dia 19 de janeiro de 2005, o Opportunity encontrou um meteorito de ferro em Marte - o primeiro meteorito de qualquer tipo já identificados em outro planeta
Foto: Nasa / AFP
O braço robótico da sonda Opportunity pode ser visto durante a investigação de um meteorito metálico, do tamanho de uma bola de basquete, na superfície de Marte. Esta imagem foi divulgada pela Nasa no dia 18 de janeiro de 2005
Foto: Nasa / AFP
Imagem de 9 de abril de 2004 mostra características da rocha Bounce capatadas pelo Opportunity
Foto: Nasa / AFP
O estranho buraco nesta rocha foi feito pela própria Opportunity, que analisou o material para saber sua composição
Foto: Nasa / Divulgação
Em março de 2009, a sonda utilizou sua câmera de navegação para capturar imagens dos arredores do ponto onde fazia a expedição
Foto: Getty Images
O robô Opportunity percorreu 32,5 km em sete anos em Marte e segue trabalhando
Foto: Nasa / Divulgação
Imagem de quando o robô Opportunity chegou à borda da cratera Endeavour, em 9 de agosto de 2011, após uma caminhada de mais de 13 milhas (21 km) que durou quase três anos
Foto: Nasa / Getty Images
Nesta imagem, a sonda da Nasa se aproxima da cratera conhecida como Endeavour, em agosto de 2011; a cratera registrada pela câmera panorâmica da Opportunity tem cerca de 22 km de diâmetro
Foto: Getty Images
Em dezembro de 2011 a Nasa divulgou a descoberta de um veio de gesso em solo marciano. O material se forma geralmente pelo fluxo de água dentro de rochas. A agência acredita que é o maior indício de que o planeta já teve água