Esponja alteraria data da aparição da vida animal na Terra
6 fev2012 - 14h14
(atualizado às 18h10)
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Uma equipe de pesquisadores descobriu na Namíbia fósseis de esponja considerados a primeira prova da vida animal na Terra, que faz remontar em várias dezenas de milhões de anos a data estimada da aparição desta forma de vida.
Os fósseis foram encontrados em sua maioria no Parque Nacional de Etosha (norte), e também em outros pontos deste país africano, em rochas de até 760 milhões de anos, segundo uma equipe internacional de dez pesquisadores que publicaram seus resultados no South African Journal of Science.
Até agora, a comunidade científica considerava que a vida animal apareceu na Terra entre 600 e 650 milhões de anos atrás. Com esta descoberta, essa origem remontaria entre 100 e 150 milhões de anos antes.
Segundo o estudo, estas minúsculas esponjas esféricas, do tamanho de um grão de pó e cheias de buracos que permitem a passagem da água, são nossos ancestrais mais distantes, diz Tony Prave, um dos coautores do estudo, da Universidade de St Andrew (Escócia).
"Se pegarmos a árvore genealógica e remontarmos até o que se chama grupo mãe, o ancestral de todos os animais, então, sim, esta seria nossa mãe comum", afirmou.
Segundo o professor Prave, a descoberta de fósseis de 760 milhões de anos é coerente com a hipótese dos especialistas da genética, que trabalham no "relógio molecular". Trata-se de um método que permite determinar a idade de uma espécie comparando as variações de seu DNA com as de outras espécies vizinhas.
Em 2011, a paleontologia teve um ano cheio. Espécies novas foram descobertas em vários pontos do planeta. De um ser minúsculo - e completamente desconhecido - que teria dado origem às aranhas, ao maior dinossauro carnívoro do Brasil. Além disso, cientistas estudaram fósseis já conhecidos - e chegaram a conclusões impressionantes. Veja a seguir algumas das principais descobertas da paleontologia em 2011
Foto: AFP/Ulbra/Divulgação / AP
Em fevereiro, pesquisadores chineses informaram a descoberta do fóssil de um ser que viveu há 520 milhões de anos. O estranho animal de 6 cm de comprimento pode ser o mais antigo antepassado conhecido das aranhas.Leia mais
Foto: EFE
A Argentina mostrou em março uma nova espécie de dinossauro descoberta na Patagônia. A espécie até então desconhecida teria levado ao surgimento dos herbívoros gigantes. Leia mais
Foto: AFP
Pesquisadores da UFRJ anunciaram em março a descoberta de um dinossauro que teria até 14 m e 7 t, seria o maior desses carnívoros a existir no que hoje é o Brasil. Leia mais
Foto: Museu Nacional / Divulgação
Ainda no Brasil e também em março, pesquisadores descobriram no Rio Grande do Sul um herbívoro com dentes de sabre. Leia mais
Foto: Ufrgs / Divulgação
Nos Estados Unidos, cientistas da universidade de Harvard descobriram um fóssil de 315 milhões de anos que mostra em detalhes um inseto da época. Na verdade, o inseto não foi fossilizado, ele pousou na lama, deixando sua marca, e ela virou pedra. Leia mais
Foto: The New York Times
Na Alemanha, paleontólogos divulgaram em maio um fóssil de um lagarto que parece ser um estágio intermediário entre o lagarto comum e o lagarto sem pernas. Leia mais
Foto: Nicola Wong Ken / Divulgação
Em agosto, cientistas anunciaram nos Estados unidos a descoberta de um fóssil de 78 milhões de anos de um plessiossauro com um embrião no seu interior. A descoberta é a primeira evidência de que esse réptil marinho dava à luz suas crias, ao invés de pôr ovos. Leia mais
Foto: AP
A revista especializada Science divulgou em setembro imagens de estruturas primitivas que teriam levado ao surgimento das penas. As chamadas protopenas (ou "dinoplumas") ficaram conservadas em âmbar. Leia mais
Foto: AP
Em Paris, paleontólogos apresentaram em setembro uma espécie de primata que teria vivido há 20 milhões de anos. O ser, descoberto em Uganda, seria um "primo" distante da Hominidae (família que inclui o ser humano e o chimpanzé, por exemplo).Leia mais
Foto: AFP
Um estudo da Universidade de Alberta (Canadá) indica que o carnotaurus, dinossauro carnívoro que habitava a América do Sul, era muito mais mortífero do que se acreditava. A pesquisa detalhada dos fósseis descobriu estruturas que conferiam mais velocidade e força do que se imaginava.Leia mais
Foto: Julian Fong / Divulgação
No Rio Grande do Sul, pesquisadores anunciaram em novembro o resultado de uma pesquisa feita em um fóssil descoberto em 2004. Os cientistas deram à nova espécie o nome de Pampadromaeus barberenai e chegaram à conclusão que o dinossauro teria cerca de 228 milhões de anos e era coberto por penas. Leia mais
Foto: Gabriel de Mello/Ulbra / Divulgação
Novamente no Rio Grande do Sul, pesquisadores divulgaram em dezembro a descoberta de um herbívoro que teria cerca de 1 t e 2 m. Leia mais
Foto: Maieve Soares/Prefeitura de Candelária / Divulgação