Cientistas querem tirar chifre de rinocerontes para evitar mortes
Cientistas querem tirar chifre de rinocerontes para evitar mortes
23 jan2012 - 12h43
(atualizado às 13h09)
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Para proteger os rinocerontes dos massacres realizados pelos caçadores que buscam os chifres de marfim para comercialização no mercado negro, especialistas debatem fazer a remoção nos animais da África do Sul. As informações são do jornal The Sun.
No ano passado 448 rinocerontes foram mortos no país em função da procura pelos chifres. Gangues de caçadores contrabandeiam os chifres para a China e o Vietnã, onde as pessoas creem - embora não exista nenhum fundamento científico para isso - que a ingestão do pó de chifre pode curar ou prevenir o câncer.
O valor de mercado dos chifres de rinoceronte disparou para cerca de US$ 65 mil por quilo, o que torna esse produto mais valioso que o ouro, a platina e, em muitos casos, a cocaína.
A África do Sul possui cerca de 25 mil rinocerontes, a maior população mundial desse animal. Há uma década, apenas cerca de 15 animais morriam por ano. Atualmente o número de rinocerontes abatidos legal ou ilegalmente chegou a um ponto que ameaça levar ao declínio populacional da espécie.
Com informações da Agência Reuters.
Especialistas estudam remover com serra os chifres dos rinocerontes para evitar que caçadores matem os animais
Foto: The Sun / Reprodução
Imagem de dezembro de 2011 mostra funcionário do Museu de História Natural de Berna, na Suíça, retirando chifre de um rinoceronte empalhado. O museu decidiu tirar os chifres em função do crescimento de roubos nos museus europeus por causa do alto valor dos chifres, que são negociados a partir de 25 mil eurose podem custar até 200 mil euros
Foto: AFP
Após caçadores retirarem brutalmente os chifres dos rinocerontes, com facões afiados e motosserras, os animais que sobrevivem ficam doentes e sofrem até morrer
Foto: The Grosby Group
Caçadores em busca dos chifres fazem a retirada e colocam em risco a vida dos rinocerontes
Foto: The Grosby Group
O alto valor dos chifres no mercado negro - que são mais valorizados que ouro - fazem com que caçadores ameacem a sobrevivência da espécie
Foto: The Grosby Group
Imagem da apreensão de 33 chifres de rinoceronte na alfândega de Hong Kong, em novembro de 2011