PUBLICIDADE

Encontrada na Austrália arma usada por Portugal há 500 anos

10 jan 2012 - 09h29
(atualizado às 09h50)
Compartilhar

Um pequeno canhão pedreiro de 500 anos e de suposta origem portuguesa foi achado na Austrália, informou nesta terça-feira a imprensa local. A descoberta aconteceu em janeiro de 2010 por Christopher, um garoto de 13 anos, em uma praia do norte da Austrália, mas a origem da bomba ainda não foi confirmada. O artefato, que tem o tamanho de uma espingarda, era manuseado por um só homem nos navios portugueses do século 16.

Turista passa por túnel onde arqueólogos fizeram as descobertas
Turista passa por túnel onde arqueólogos fizeram as descobertas
Foto: AP

A mãe do garoto, Barbara, informou ao Museu de Darwin sobre o achado, porém foi só nas últimas semanas que a instituição recolheu o objeto para estudo. Portugal ocupou o Timor, no Sudeste Asiático, entre 1515 e 1975, mas a possibilidade de os exploradores lusos terem passado no início do século 16 pela costa norte australiana ainda não foi descartada.

Os cientistas precisam comprovar a autenticidade da peça, o vínculo que teria com o local onde foi descoberto e a provável visita dos portugueses à costa australiana no século 16. As outras hipóteses são que a máquina tenha sido levada pela maré até esse local ou que tenha sido deixada por comerciantes no século 19.

O contato mais antigo que os europeus tiveram com a Austrália data de 1606, com a embarcação holandesa Duyfken (Pomba Branca) sob o comando de Willen Jansz, mas foi em 1770 que o capitão James Cook reivindicou a costa oriental da Austrália para a Coroa Britânica com o pretexto de declará-la previamente "terra nullius" (terra de ninguém).

O "Duyfken" partiu em 1606 da Indonésia em busca de ouro e especiarias na Nova Guiné, passou pelas ilhas papuanas e chegou sem saber, segundo a história contada pelo explorador Matthew Flinders, a um novo continente em março daquele ano. Meses depois, o navegante espanhol Pedro Fernandes de Queirós chegou às costas australianas batizando de "Austrália do Espírito Santo" às ilhas do atual estado de Vanuatu, pensando ter encontrado a "Terra australis" que o europeus intuíam desde a antiguidade.

A expedição de Fernandes de Queirós retornou ao México, mas um de seus comandantes, o espanhol Luís Vaz de Torres, continuou a viagem e atravessou o estreito que hoje leva o seu nome, entre o norte da Austrália e a ilha de Papua Nova Guiné, antes de chegar ao arquipélago das Filipinas.

EFE   
Compartilhar
Publicidade