Após ver imagens da mente, cientistas querem 'ler' sentimentos
17 dez2011 - 09h39
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Angela Joenck Pinto
Recentemente, um estudo da Universidade de Berkeley, na Califórnia, mostrou ser capaz de reproduzir imagens do cérebro combinando a tecnologia da ressonância magnética com padrões informáticos. Essas pesquisas, porém, não estão longe dos objetivos das instituições brasileiras. Liderando estudos semelhantes na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), o chefe do serviço de neurologia do Hospital São Lucas de Porto Alegre, André Palmini, explica como o processo de aquisição das imagens é realizado.
"Entendemos que 'leitura do cérebro' é a leitura de padrões de ativação cerebral. As imagens são adquiridas em alguns momentos específicos e depois são subtraídas de um período de repouso. Tu podes, na verdade, fazer a aquisição das imagens nos momentos que mais te interessam", diz.
Conforme o médico, que pretende começar um novo estudo em março de 2012, ao mostrar um filme para um indivíduo é possível ver que áreas se ativam no cérebro quando aparecem cenas com movimento ou cenas tristes. "De posse de três ou quatro tipos de cena, é possível observar qual é o sistema de ativação cerebral com motivos específicos", explica.
"Mas a coisa mais importante é que tem um período que se ativa no cérebro quando nenhuma dessas coisas está acontecendo, quando temos cenas mais paradas", diz Palmini. O conjunto de regiões ativadas neste caso se chama de Região de Funcionamento Padrão. Segundo o neurologista, esta é a área responsável por fazer uma espécie de reflexão sobre a experiência tida pela pessoa. "Então são áreas do cérebro que vivenciam as experiências e as áreas que refletem sobre isso no período que o estímulo não está sendo produzido", declara.
Através da Ressonância Magnética Funcional, neurologistas também mostram como nosso cérebro "confunde" passado e presente. "Ao pedir que uma pessoa recrie uma memória do passado, o cérebro se ativa como se estivesse revivenciando aquela situação no presente. E isso tem permitido muito avanço, principalmente no campo de estudo das emoções, para entender por que a gente se chateia tanto com lembranças negativas antigas, e também por que esses traumas antigos marcam tanto as pessoas. É porque essas memórias são facilmente acessadas. As pesquisas mostram isso", fala.
Ajudando pacientes
Segundo o professor da PUCRS, estudos como esse podem ajudar vários tipos de pacientes, desde pessoas com problemas motores até casos de doenças mentais. "Talvez possamos verificar que algum tipo de estímulo possa ativar áreas motoras do cérebro. Tu pegas uma pessoa que teve um déficit motor por um acidente vascular cerebral, por exemplo, e de repente pode existir algum tipo de exercício que desperte mais a área que ela precise ativar no cérebro, testando diversos exercícios antes de começar um programa de reabilitação, por exemplo. E aí seremos capazes de saber que aquilo vai ter mais resultados", pondera.
Já no caso de dificuldades mentais, o médico acredita que esta modalidade de estudo do cérebro mostrará quais tipos de psicoterapia poderão ativar mais as áreas de satisfação, prazer e bem estar, antecipando o tipo de linha de tratamento que irá beneficiar mais a cada pessoa.
"Esse é o futuro que se descortina nessa questão de entender melhor o cérebro. A gente está avançando muito em termos de imagem e esta é a maneira de tu conseguires mensurar essas ativações cerebrais, especialmente nas conexões entre as regiões do cérebro. Antigamente a gente conseguia ver a ativação de apenas uma área. Hoje, a gente consegue ver as reações de uma rede neural", diz.
Indo diretamente a áreas especificas, os médicos pretendem obter o que Palmini chama de "assinatura das potencialidades das pessoas", verificando se elas têm regiões interconectadas para serem mais ou menos propensas à atividade social. "Diferenciar as pessoas conforme sua capacidade de ativar essas áreas, já antecipando que isso tenha um impacto de quanto elas poderão viver melhor em sociedade. Para as pessoas que não têm essas áreas motivadas, ver como modificar isso", explica o professor.
Neuromarketing e ética
Mas como todo o tipo de conhecimento, o estudo do cérebro também é usado para fins menos nobres, como a venda de produtos. Hoje, utilizando pesquisas semelhantes, campos conhecidos por neuromarketing já mapearam o cérebro humano. "O que o neuromarketing tem feito é moldar comerciais de televisão e outdoors, depois de apresentá-los para voluntários durante a feitura de um exame de Ressonância Magnética Funcional para ver qual dos estímulos mais ativa as áreas do cérebro que têm a ver com prazer, aversão, medos, conflitos ou ansiedades", diz o chefe da neurologista do Hospital São Lucas. Desta forma, as empresas garantem melhores reações aos seus produtos, maximizando resultados.
O médico lembra, porém, que certos cuidados têm de ser tomados quando se estuda o cérebro. "Com este tipo de exame, podemos saber se a pessoa está mentindo ou não. Quando tu estás mentindo, é criado um conflito na mente. A gente já sabe que áreas do cérebro se ativam nessas horas. Tudo isso dá pra fazer, mas vamos ter que ter todo um debate da questão da ética envolvida, para que se saiba o quanto isso vai efetivamente ser ou não útil para as pessoas", alerta.
Após vencer o câncer, a britânica Vicky Forster agora luta contra a doença como pesquisadora. Na imagem, Foster aos oito anos e atualmente. veja mais casos de superação e doenças raras
Foto: BBC Brasil
A menina Chelsea morreu de neuroblastoma, câncer raro que ocorre na glândula supra-renal. Como não há tratamento no Reino Unido e o custo médicos nos Estados Unidos chegam a R$ 1,4 milhão, a mãe da jovem, Emma Knighton, decidiu criar uma fundação para levantar fundos para crianças com a doença. Leia mais
Foto: BBC Brasil
No Reino Unido, Areesha Shehzad, de 2 anos, sofre de uma doença rara no fígado - a síndrome Crigler-Najjar - que faz com que ela tenha que ficar sob uma luz azul ultravioleta para se manter viva
Foto: The Grosby Group
Areesha não possui uma enzima vital que quebra e elimina a bilirrubina, uma substância química tóxica encontrada nas células vermelhas do sangue. Por isso, seu berço é equipado com luzes azuis, que ajudam a regular a bilirrubina
Foto: The Grosby Group
Na foto, Areesha recebe o apoio do irmão, Subhaan. A doença faz com que a menina não socialize muito com outras crianças
Foto: The Grosby Group
Areesha com o pai, Majid, a mãe, Salma, e o irmão. Agora, a menina vai começar a fazer exames para, no futuro, poder se submeter a um transplante de fígado
Foto: The Grosby Group
Imagem divulgada pelo Instituto Paquistanês de Saúde Infantil nesta quinta-feira mostra o bebê que nasceu com seis pernas logo após cirurgia que removeu os membros sobressalentes. A criança, de uma semana de vida, está em um hospital da cidade de Karachi
Foto: EFE
O diretor do Instituto Paquistanês de Saúde Infantil (NICH), Syed Jamal Raza, fala aos jornalistas após o sucesso da operação
Foto: EFE
Segundo médico que não quis se identificar, o menino sofre de uma rara condição genética que atinge um recém-nascido a cada 1 milhão ou mais
Foto: AFP
"Os médicos estão examinando a criança para planejar o tratamento necessário para salvar a vida do bebê e garantir que ele tenha uma vida normal", diz nota oficial do governo
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Conforme o hospital, o menino nasceu há uma semana. Veja a seguir outros casos raros da medicina
Foto: AFP
A menina Angelina Messingham, de Norfolk, no Reino Unido, sofre de uma rara condição que estava calcificando seu cérebro. Para salvá-la, os médicos tomaram uma decisão extrema
Foto: Barcroft Media / Getty Images
Os cirurgiões "desligaram" a metade do cérebro da menina onde ocorria a calcificação, o que impediu que a outra metade fosse afetada
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Apesar da cirurgia, os médicos afirmam aos pais - Lisa e Stephen - que a outra metade vai assumir as funções da parte "desligada" e Angelina terá uma vida normal
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Rosie Collington (dir.) com a irmã Júlia (esq.) e a mãe Mary-Jane, em Bridgewater, Inglaterra. Rosie é o primeiro caso conhecido a sobreviver a uma rara forma de meningite - apenas três casos registrados no mundo
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Rosie (dir.), nesta imagem com seus irmãos Júlia e Peter, impressionou os médicos ao não ter tido graves sequelas
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Segundo a mãe da jovem, Rosie se cansa facilmente, mas a doença não deixou outras marcas
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Aimee Milota - na imagem então com 6 anos, em 2006 - e sua melhor amiga Graycen Beardslee, 5 anos, ambas de peruca, brincam em festa na Califórnia. As duas meninas sofrem de uma doença rara que as impede de tomar sol
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As crianças tem uma condição chamada xeroderma pigmentoso, que aumenta muito a chances delas terem câncer de pele causado pela exposição ao sol
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A pequena Stella Rogers, durante o verão de 2009, quando começou tratamento contra uma rara forma de neuroblastoma - um tipo de câncer que afeta uma a cada 100 mil crianças
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O caso da menina levou o ator Stephen Fry a liderar uma campanha por fundos na internet
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A solidariedade deu certo e a família conseguiu pagar o tratamento de 215 mil libras (cerca de R$ 600 mil) nos Estados Unidos. Os pais fundaram uma ONG ("For Stella") que hoje ajuda outras crianças. Quanto ao câncer da menina, a mãe informa no site da organização que o tratamento funcionou e o tumor está em remissão
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Andy Wray olha os diários que funcionam como sua "memória". Wray esquece tudo o que acontece a cada dois dias desde 2007, quando começou a sofrer de amnesia dissociativa. A condição teria sido causada pelos assassinatos e a ansiedade resultantes do trabalho de policial
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Rosie Herbert, moradora de Eastbourne, no Reino Unido, sofre de pseudo-obstrução gastrointestinal crônica. A doença faz com que após comer, mesmo que seja apenas um lanche, sua barriga aumente de tamanho, como se ela estivesse grávida. Quando criança, Rosie sofria principalmente com vômitos, mas os médicos achavam que ela estava fingindo estar doente para faltar à escola. Pela internet, a família se informou e descobriu o problema. Hoje, ela vive uma vida melhor e está casada
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Diane Dike com seu cachorro treinado para auxiliá-la. A americana sofre de uma condição rara que faz com seu sangue solidifique a baixas temperaturas
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A doença de Diane é rara e causa fortes dores nela. Apesar de usar roupas especiais, muitas vezes ela sofre do problema, já que seu corpo tem dificuldade em regular a temperatura
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Em Vereenging, na África do Sul, Mckenzi Hiscock surpreendeu a família ao "mudar" de sexo. A criança sofre de hiperplasia adrenal congênita, condição na qual o corpo produz muito hormônio masculino, o que levou os médicos a dizerem que era um menino. Contudo, cinco meses depois, a família descobriu que tinha uma menina em casa
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Grace Etherington sofreu de um raro vírus que paralisou todo seu corpo, impedindo a jovem até de piscar
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Grace (dir.), moradora de Kent, no Reino Unido (ao lado de sua mãe, Sharon), surpreendeu os médicos ao se recuperar totalmente. Eles acreditavam que a jovem, se sobrevivesse, seria dependente do auxílio de máquinas pelo resto da vida
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Os irmãos Simon (esq.) e George Cullen sofriam com as brincadeiras no colégio por causa da doença que sofrem - a displasia hipoidrótica ectodérmica. A condição deixa as crianças com a pele muito clara e "dentes pontudos de vampiro". Eles têm de evitar o sol e esportes porque calor demais pode deixa-los em coma. Hoje, como os vampiros fazem sucesso no cinema e na TV, os dois ficaram populares na escola. Na imagem, de 30 de agosto de 2011, Simon estava com 13 e George, com 12 anos
Foto: Barcroft Media / Getty Images
As irmãs Chloe (dir.) e Evie Church, de Swansea, no Reino Unido, em imagem de 21 de fevereiro de 2011, então com 14 e 11 anos. As jovens sofrem de uma doença cardíaca que pode tirá-las a vida se elas tiverem emoções extremas. Para evitar o problema, as meninas evitam festas, tomar energéticos, ver filmes de terror e até namorar
Foto: Barcroft Media / Getty Images
A doença de Niemann-Pick é um distúrbio hereditário registrado em apenas cerca de 500 crianças no mundo. Os bebês nascem incapazes de produzir uma determinada enzima, o que os faz acumular quantidades anormais de colesterol no corpo. A condição causa lesões que afetam os movimentos, a fala, o metabolismo e as capacidades cognitivas. Normalmente, quem nasce com a doença, como o britânico Ben Scott, não vive mais que 20 anos
Foto: BBC Brasil
A síndrome Goldenhar atinge uma pessoa a cada 25 mil nascimentos e pode apresentar sintomas de diversos tipos. A doença leva ao desenvolvimento anormal de tecidos ou órgãos, especialmente na cabeça e no rosto. São comuns deformações na orelha - como no caso do menino Giles que precisou de uma cirurgia plástica para transformar um pequeno lóbulo em uma orelha - na mandíbula e no canal auditivo, que pode levar à surdez
Foto: BBC Brasil
A progéria já por si uma doença bastante rara, mas é ainda mais raro que ela se manifeste em negros. Há apenas um registro no mundo, da menina Ontlametse Phalatse, nascida na África do Sul, em 1999. Ela precisa viajar duas vezes por ano aos Estados Unidos, onde recebe tratamentos e remédios que não estão disponíveis na África
Foto: AP
A progéria é uma doença genética que acelera o processo de envelhecimento e não tem cura. Não há uma estimativa confiável de quantos casos já ocorreram no mundo, mas os registros são escassos e quem nasce com a doena geralmente não ultrapassa os 13 anos de idade
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No momento do nascimento os bebês com progéria têm uma aparência comum, mas em questão de dias ou semanas apresentam erupções no corpo semelhantes às causadas por doenças de pele. Em menos de um ano, as crianças costumam perder o cabelo, têm unhas fracas e constantes problemas de pele
Foto: AP
A DCML é uma rara síndrome de deficiência imunológica causada pela incapacidade de produção de células dendríticas, importantes componentes do sistema de defesas do corpo. O diagnóstico da síndrome é de difícil realização, e muitos pacientes morrem antes de receberem qualquer tipo de tratamento. A jovem Stacey Sheppard foi diagnosticada aos 23 anos, depois de ter perdido o pai e a irmã que tinham asíndrome sem saber
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Bebês que sofrem da Síndrome de Apert nascem com os dedos das mãos e dos pés colados, além de deformações no crânio que fazem suas cabeças parecerem ter "chifres" como os de rinocerontes. Além da aparência diferente, a síndrome pode gerar problemas no desenvolvimento cerebal, já que o cérebro possui menos espaço para crescer. O caso do menino Finley Johnson foi resolvido com uma cirurgia na Inglaterra
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A britânica Hayley Okines, 13 anos, sofre de progéria infantil, rara doença que provoca o rápido envelhecimento
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Apesar de ser uma adolescente, a jovem tem estrutura óssea de uma pessoa de 100 anos, sofre de artrite, falta de apetite e toma dois coquetéis de comprimidos todos os dias
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Apesar dos problemas, a menina não desiste e vai à escola todos os dias em East Sussex, na Inglaterra. A vida dela será contada em um documentário que será exibido na TV europeia
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A canadense Aleisha Hunter foi curada de câncer de mama quando tinha 3 anos.Leia notícia relacionada
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Aleisha foi a pessoa mais jovem a ter a doença diagnosticada
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Aleisha Hunter, de Toronto, no Canadá, foi diagnosticada em dezembro de 2008, quando tinha 2 anos
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A criança canadense foi curada quando tinha 3 anos e não apresenta mais sinais da doença
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A mãe de Aleisha, Melanie, foi quem descobriu o caroço no peito da criança, quando a secava depois de um banho
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Lauren McSheehy e seu pai Andy sofrem de uma das mais raras doenças do planeta, a síndrome da hiperimunoglobulina E, ou síndrome de Jó
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A síndrome de Jó é similar à aids, diminuindo as defesas do corpo. Os médicos não estavam certos se Andy passaria a doença a seus filhos
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Lauren herdou a síndrome de Jó do pai, mas Louise, sua irmã, não herdou
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Leslie Anne Jenkins mostra pedaços de sua pele tirados do rosto
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A Hiperqueratose da Cabeça e Pescoço é uma rara doença que provoca inchaços e inflamações caraterizadas por grossas camadas de pele que podem chegar a desfigurar o rosto. Se sabe que o fungo Malassessia está envolvido no surgimento da doença, mas não se sabe se ele é o causador do problema, já que trata-se um fungo comum na pele humana causando, entre outras coisas, a caspa
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Leslie teve que parar de trabalhar após descobrir a doença e, se não receber auxílio do governo, disse que vai aceitar as doações de voluntários
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Sem condições de pagar o tratamento, Leslie pediu ajuda ao governo de Canadá, que negou auxílio
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A imagem mostra a britânica em 2007, antes de apresentar os sintomas da doença