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Subespécie de rinoceronte é extinta; 25% dos mamíferos em risco

10 nov 2011 - 11h15
(atualizado às 13h13)
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A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) divulgou nesta quinta-feira uma atualização da Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. Com a renovação do banco de dados, a subespécie de rinoceronte-negro-do-oeste (Diceros bicornis longipes) é oficialmente considerada extinta. Além disso, outra duas subespécies do animal estão "provavelmente extintas", segundo a organização. De acordo com o relatório, 25% dos mamíferos conhecidos estão em risco de extinção.

O raríssimo Loris delgado das planícies Horton (Loris tardigradus nycticeboides) passou mais de 60 anos tido como extinto. Em 2002, a Sociedade Zoológica de Londres encontrou o primata após mais de 200 horas analisando os rastros do animal no Sri Lanka
O raríssimo Loris delgado das planícies Horton (Loris tardigradus nycticeboides) passou mais de 60 anos tido como extinto. Em 2002, a Sociedade Zoológica de Londres encontrou o primata após mais de 200 horas analisando os rastros do animal no Sri Lanka
Foto: AP

Segundo a IUCN, o rinoceronte-branco-do-norte (Ceratotherium simum cottoni) - da região central da África - e o rinoceronte-de-Java (mais exatamente a subespécie Rhinoceros sondaicus annamiticus) estão provavelmente extintos. O último animal da subespécie certamente foi morto em 2010 no Vietnã, afirma a organização. No final de outubro, outra organização, a WWF, afirmou que já considerava o rinoceronte-de-Java extinto.

O rinoceronte negro do oeste vivia no oeste africano. A IUCN afirma que uma expedição em 2006 falhou em encontrar algum exemplar do animal, mas descobriu diversos indícios de caça à subespécie. Entre as causas do desaparecimento estão a caça pelo chifre e a falta de política de conservação.

"Os seres humanos são os administradores da Terra e são responsáveis por proteger as espécies que dividem nosso ambiente", diz Simon Stuart, da Comissão de Sobrevivência de Espécies da IUCN, em comunicado da organização. "No caso do rinoceronte negro do oeste e do rinoceronte branco do norte os resultados poderiam ser bem diferentes se as sugestões de medidas de conservação fossem implementadas. Essas medidas devem ser fortalecidas agora, especialmente manejando habitats em ordem de prover reprodução, prevenindo que outros rinocerontes acabem extintos."

Fonte: Terra
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