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Grandes extinções: veja momentos em que a vida quase acabou

9 set 2011 - 10h36
(atualizado às 10h37)
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Angela Joenck Pinto

O raríssimo Loris delgado das planícies Horton (Loris tardigradus nycticeboides) passou mais de 60 anos tido como extinto. Em 2002, a Sociedade Zoológica de Londres encontrou o primata após mais de 200 horas analisando os rastros do animal no Sri Lanka
O raríssimo Loris delgado das planícies Horton (Loris tardigradus nycticeboides) passou mais de 60 anos tido como extinto. Em 2002, a Sociedade Zoológica de Londres encontrou o primata após mais de 200 horas analisando os rastros do animal no Sri Lanka
Foto: AP

O ser humano está sempre querendo saber como vai ser o fim dos tempos. Faz profecias, estuda mitos e acredita em falsários que pregam a destruição do planeta sem qualquer constrangimento. Se dependesse deles, o mundo - ou pelo menos a vida nele - já teria acabado incontáveis vezes. Do ponto de vista científico, no entanto, o apocalipse ainda vai demorar. Mas já esteve muito perto de ocorrer, e mais de uma vez, ao longo dos aproximados 4,56 bilhões de anos que a Terra tem.

>> Veja cinco momentos em que a vida quase acabou

"A Terra não é um planeta estático, imutável. Em outras palavras, a Terra não É assim. A Terra ESTÁ assim. O nosso planeta sofreu diversas mudanças ao longo desses bilhões de anos de existência, e continuará mudando independentemente da nossa vontade", diz o geólogo e paleontólogo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Cesar Schultz.

É difícil de acreditar, mas a ciência aponta que todos os organismos vivos que habitam a Terra nos dias de hoje estão aqui "por acaso". Cerca de 99% das espécies que já passaram pelo planeta foram dizimadas de alguma forma durante diferentes períodos geológicos.

"O estudo das extinções constitui-se em um dos mais complexos e fascinantes campos da ciência, pois engloba desde aspectos intrinsecamente biológicos, referentes aos processos evolutivos dos organismos, passa pela interação destes organismos com os processos geológicos e chega até a questão da interação da Terra com o Sistema Solar e o universo", explica Schultz.

De acordo com o professor, todos estes fatores, individualmente ou em conjunto, não estão apenas ligados à questão da erradicação de organismos, mas sim ao processo de evolução da vida em nosso planeta. "Tudo o que existe hoje é o resultado deste permanente balanço, entre o surgimento e o desaparecimento de espécies, seja de modo contínuo ou descontínuo", afirma.

"Nesse contexto, tudo o que já aconteceu antes pode acontecer de novo, bem como outros tipos de catástrofes 'inéditas'. Isso faz parte da história do planeta", finaliza Schultz.

Fonte: Especial para Terra
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