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Brasileiros criam exame de DNA que fica pronto em 50 segundos

29 jun 2011 - 12h39
(atualizado às 13h08)
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Um novo modo de extração de DNA, que reduz o tempo de identificação de 48 horas para 50 segundos, foi apresentado esta semana em Curitiba no 38º Congresso Brasileiro de Análises Clínicas e no 11º Congresso de Citologia Clínica. Os encontros, que terminam nesta quarta-feira, reuniram cerda de 4 mil pesquisadores.

Projeto oferece a possibilidade de se chegar à cura de doenças neuronais sem ser necessário esperar anos para se testar a eficácia de determinado remédio
Projeto oferece a possibilidade de se chegar à cura de doenças neuronais sem ser necessário esperar anos para se testar a eficácia de determinado remédio
Foto: Reuters

O novo método de análise de DNA foi desenvolvido pela equipe do Instituto de Criminalística do Paraná. Segundo o perito Hemerson Bertassoni, o método "é mais eficiente e rápido do que o usado atualmente no mundo inteiro". De acordo com ele, a técnica dará maior agilidade à elucidação de crimes e conclusão de inquéritos policiais", afirmou.

Ele conta que para desenvolver o método foi usado um equipamento chamado Precellys, criado inicialmente para extrair DNA de plantas e tecidos. A máquina foi adaptada para retirar o DNA de ossos humanos. "Usamos o novo método de extração de DNA em oito ossos carbonizados, cuja identificação não foi possível pelo método clássico", disse. Dos oito corpos, foi obtido o perfil genético de sete deles. "Enquanto a técnica clássica de extração de DNA leva entre 24h e 48h para ser concluída, o resultado da análise pelo Precellys leva menos de um minuto", destaca o pesquisador.

Outras inovações

De acordo com o organizador dos congressos, Paulo Roberto Hatschbach, também foram destaques nos encontros os diagnósticos e avanços no tratamento da hepatite, da alergia a remédios e o retorno de doenças erradicadas no passado.

Entre os medicamentos, 40% das alergias são causadas por anti-inflamatórios, muito consumidos nesta época do inverno. Segundo o alergista Luis Felipe Chiaverini, diretor da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia, com a chegada das temperaturas mais frias, as pessoas costumam se automedicar com mais frequência para tratar sintomas comuns de gripes e resfriados, o que pode ser um risco para quem tem reações alérgicas a medicamentos.

Agência Brasil Agência Brasil
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