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Carne produzida em laboratório é opção para não vegetarianos

21 jun 2011 - 11h45
(atualizado às 12h39)
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A carne produzida em laboratório poderá ser uma alternativa aos consumidores que não querem se transformar em vegetarianos embora desejassem reduzir o impacto negativo de sua dieta no meio ambiente. Segundo cientistas das universidades de Oxford, no Reino Unido, e de Amsterdã, a carne criada artificialmente reduziria os gases estufa em até 96% em comparação com a carne produzida naturalmente.

Na imagem, casulos de seda no Departamento de Engenharia Biomédica da Universidade Tufts, em Medford, Massachusetts
Na imagem, casulos de seda no Departamento de Engenharia Biomédica da Universidade Tufts, em Medford, Massachusetts
Foto: The New York Times

Esse processo consumiria entre 7% e 45% menos energia que o mesmo volume de carne convencional e poderia chegar a exigir até 1% da terra e 4% de água associados ao produto tradicional. Em declarações ao jornal The Guardian, Hanna Tuomisto, pesquisadora da Universidade de Oxford que dirigiu o estudo, explica que não se trata de substituir totalmente a carne "convencional", mas que poderia ser parte da solução para alimentar a população crescente do planeta e economizar energia e água.

A proteína de origem animal é uma parte crescente da dieta mundial devido ao fato de milhões de pessoas das chamadas economias emergentes têm condições de comprar mais carne no dia-a-dia. Isso gera uma enorme pressão de alta sobre o preço dos cereais, contribui ao desmatamento crescente da Amazônia, diminui os recursos hídricos e faz com que países como a China se dediquem a comprar terras agrícolas em países mais pobres.

Tuomisto acredita que se fossem feitos mais investimentos na pesquisa de carne produzida em laboratório, a primeira carne artificial poderia chegar ao mercado em um prazo de cinco anos, começando pelo equivalente a carne picada até chegar a texturas como a de filetes. Alguns grupos como o People for the Ethical Treatment of Animals (pessoas em defesa do tratamento éticos aos animais, em português), estão contribuindo para financiar as pesquisas.

EFE   
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