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China trabalha na construção do maior telescópio do mundo

17 jun 2011 - 18h57
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Felipe Gugelmin

Com finalização programada para 2016, o Aperture Spherical Telescope (Fast), construído pela China, está programado para ser o maior telescópio já construído pela humanidade. Ocupando uma área de 500 m², a construção terá o objetivo de auxiliar nas pesquisas por vida fora da Terra, além de propiciar um melhor estudo da atmosfera do planeta.

A segunda imagem do VST é do conglomerado de estrelas Ômega Centauro, o maior conglomerado globular no céu. A capacidade do VST, que consegue registrar imagens de 268 megapixels, mostra 300 mil estrelas em uma única fotografia
A segunda imagem do VST é do conglomerado de estrelas Ômega Centauro, o maior conglomerado globular no céu. A capacidade do VST, que consegue registrar imagens de 268 megapixels, mostra 300 mil estrelas em uma única fotografia
Foto: ESO / Divulgação

O projeto foi desenvolvido em parceria com a Square Kilometer Array (SKA), iniciativa internacional que nasceu com o objetivo de construir um telescópio com área total de 1 km². Atualmente, a iniciativa se concentra na construção de equipamentos menores, localizados em áreas estratégicas do globo ¿ algo que parece não interessar à China, que em 2006 deu o sinal positivo para a construção do Fast.

A novidade vai ter capacidade de observação três vezes maior que o Observatório Arecibo, localizado em Porto Rico, considerado atualmente como o mais potente do mundo. Além disso, a produção chinesa também terá uma sensibilidade maior, permitindo a observação de 19 regiões diferentes do espaço.

Tamanho e potência sem iguais

Para conseguir capturar sinais de forma mais precisa, o Fast não utiliza o método tradicional, que constitui no uso de espelhos distribuídos pelo diâmetro da cúpula de observação, como forma de direcionar os sinais recebidos a um ponto único. Isso acontece porque, devido ao tamanho do projeto, seria necessário usar cerca de 11 mil t de espelhos.

A solução encontrada pelos engenheiros foi a construção de uma cúpula adicional construída com cerca de 4,4 mil painéis de alumínio triangulares, que formam um espelho parabólico com cerca de 300 m. Este dispositivo pode ser redirecionado livremente, o que permite ao telescópio observar uma área mais extensa dos céus.

Todo esse tamanho vai permitir a observação simultânea de 19 regiões do espaço (o Arecibo é capaz de observar somente sete delas), resultando no centro de observações mais potente e rápido do mundo. Com a capacidade de detectar transmissões ocorridas em até 1 mil anos-luz de distância, a novidade deve permitir a observação de fenômenos como supernovas e pulsos eletromagnéticos de forma sem igual.

Fonte: TecMundo
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