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Professor: pessoas aderem a medidas ambientais por egoísmo

1 jun 2011 - 16h32
(atualizado às 16h38)
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Hermano Freitas
Direto de São Paulo

As medidas de controle do aquecimento global devem levar em conta as prioridades e a natureza humanas. Parte destas inclui características das pessoas tais como seu egoísmo e imediatismo, incluindo a necessidade que sentem em ter "alguma vantagem pessoal" na preservação do meio ambiente. Assim o professor e médico patologista Paulo Saldiva, do laboratório de poluição da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), colocou sua visão sobre a abordagem que as políticas sustentáveis devem ter.

Para fundamentar seu argumento no painel Clima e Saúde nas Megacidades, Saldiva usou como exemplo a recente apreciação no preço do álcool e a consequente migração do consumidor brasileiro para a gasolina. "O que se exige das pessoas, de ficar no escuro para poupar, tomar banho de canequinha de noite para poupar água, é irreal, elas não fazem isso. Você vê que quando o etanol ficou mais caro o consumidor não pensou em poluição regional e foi direto abastecer só gasolina!" destacou Saldiva.

Uma forma de conferir atractibilidade às medidas de combate à poluição atmosférica seria vincular os benefícios de um comportamento sustentável dos cidadãos a uma melhora da saúde. Em números, Saldiva mostrou como as impurezas na atmosfera influem na saúde do morador de grandes cidades. "A inspeção veicular gerou uma economia de US$ 4,5 bilhões em quatro anos na cidade de São Paulo pela diminuição de internações relacionadas à poluição atmosférica", disse. De acordo com o pesquisador, 82% dos fatores que levam à pneumonia são ambientais e entre 12% e 15% dos infartos em São Paulo podem ser atribuídos à poluição atmosférica.

Fonte: Terra
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