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Vuvuzela pode espalhar doenças, diz estudo

24 mai 2011 - 08h32
(atualizado às 09h07)
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As vuvuzelas, cornetas que ficaram famosas na Copa do Mundo de 2010, não apenas causam poluição sonora como podem espalhar doenças, afirmaram especialistas. Segundo estudo realizado pela Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, um breve sopro na vuvuzela cria uma espécie de chuva de saliva semelhante a um espirro, que viaja a uma intensidade de quatro milhões de gotas por segundo.

De acordo com o estudo, publicado pelo site de compartilhamento científico PLoS One, em lugares onde há multidões, uma pessoa soprando uma vuvuzela pode infectar várias outras com doenças transportadas pelo ar como gripe ou tuberculose.

"Assim como em tosses ou espirros, é preciso adotar medidas para evitar a transmissão da doença, e pessoas com doenças infecciosas devem ser orientadas a não tocar vuvuzelas perto de outras", disse a doutora Ruth McCerney, autora do estudo. A equipe de McCerney investigou os danos potencialmente causados pela vuvuzela usando um aparelho a laser, para medir quantas gotas eram produzidas por cada soprada de oito voluntários.

O experimento mostrou que, em média, 658 mil partículas pulmonares eram expelidas do instrumento por cada litro de ar. As gotas eram lançadas na atmosfera a uma velocidade de quatro milhões por segundo. Em comparação, quando os voluntários apenas gritavam, eram produzidas 3,7 mil partículas por litro, em uma velocidade de 7 mil por segundo.

Críticos da vuvuzela já haviam dito que o instrumento é antisocial e inseguro, porque, quando tocado por milhares de pessoas simultaneamente, gera um som semelhante ao de um avião decolando. Organizadores das Olimpíadas de Londres em 2012 estão avaliando se proibem ou não o uso da corneta.

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