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Dilma anuncia investimentos no programa espacial brasileiro

22 mar 2011 - 11h25
(atualizado às 11h50)
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A presidente brasileira, Dilma Rousseff, anunciou nesta terça-feira que o Governo fará investimentos para fortalecer o programa espacial do país, pois, segundo ela, o Brasil não pode renunciar meta de construir, lançar e operar satélites.

A presidente afirmou que seu Governo vai investir no programa espacial brasileiro por meio da contratação de novos profissionais para a Agência Espacial Brasileira (AEB) e para os órgãos executores desse programa. Além disso, haverá injeção de recursos.

Dilma negou que o Brasil tenha suspendido seu programa espacial após a explosão ocorrida em 2003 que destruiu parte da base espacial de Alcântara, no Maranhão, e que provocou a morte de 21 cientistas.

Segundo a governante, os novos investimentos permitirão alcançar as metas propostas. Ela ressaltou que o objetivo é ter um programa espacial autônomo, capaz de atender às demandas da sociedade brasileira e de fortalecer a soberania do país.

Para Dilma, o programa espacial é estratégico para o país, pois o Brasil necessita de satélites para vigiar o território, auxiliar na previsão do tempo e prevenir os danos causados pelos desastres naturais. Ela acrescentou que os satélites também são estratégicos para o país em áreas como defesa, comunicações e a segurança hídrica e alimentar.

Além do desenvolvimento e da operação de satélites, que o Brasil já alcançou graças a um acordo com a China, o programa espacial brasileiro prevê o desenvolvimento de um foguete próprio para transportar os satélites.

Dilma anunciou recursos para o programa um dia depois de o ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, admitir a possibilidade de negociar um novo acordo de cooperação para lançar foguetes americanos a partir da base de Alcântara.

Em 2000, Brasil e EUA assinaram um acordo para permitir à Nasa (agência espacial americana) o uso da base espacial brasileira que não foi ratificado pelo Congresso devido à oposição do PT.

Na ocasião, o partido alegou que o acordo violava a soberania do Brasil por não permitir a participação de técnicos brasileiros nos lançamentos americanos.

Mercadante admitiu que, após a assinatura no sábado de um acordo de cooperação espacial entre os dois países durante a visita ao Brasil do presidente americano, Barack Obama, é possível negociar um novo tratado para compartilhar a base de Alcântara sem os mecanismos vetados no passado.

EFE   
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