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UE acha possível reduzir 25% do CO2 só com economia energética

17 fev 2011 - 15h14
(atualizado às 17h37)
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A Comissão Europeia avalia que a União Europeia pode reduzir em 2020 suas emissões de dióxido de carbono (CO2) em 25% só cumprindo seu objetivo de economia energética para esse ano (uma melhora na eficiência de 20% com relação a 1990), indicaram nesta quinta-feira fontes comunitárias.

A ideia está no "Mapa de Caminho para uma economia baixa em carbono em 2050" que a comissária europeia de Ação pelo Clima, Connie Hedegaard, apresentará em 8 de março.

A nova estratégia prometia lançar luz sobre o dilema europeu entre manter para 2020 seu objetivo de corte de emissões de CO2 em 20% ou elevar essa expectativa até 30%, mas, longe de esclarecer os termos, desvia atenção em direção à necessidade de fazer mais em matéria de eficiência energética.

O documento diz que a oferta da UE de chegar a 30% em sua redução de emissões se outros países fizerem esforços similares "continua na mesa".

Afirma que, para alcançar o outro grande compromisso comunitário em matéria de emissões (corte entre 80% e 95% para 2050), será necessário alcançar até o ano de 2030 uma redução de 40% com relação aos níveis de CO2 de 1990.

Por outro lado, indica que só com o compromisso alcançado pela UE de 20% mais eficiência do ponto de vista energético até 2020 seria possível alcançar uma diminuição de 25% das emissões poluentes.

Evitar o desperdício energético e reduzir a dependência das importações - a UE compra do exterior 54% do gás e do petróleo que consome - reportará benefícios no valor de entre 175 bilhões de euros a 320 bilhões de euros anuais nas próximas quatro décadas.

A UE prometeu em 2007 triplicar a meta de reduzir suas emissões em 20% (compromisso que em 2008 ampliou para 30% de forma condicional), alcançar que 20% da energia consumida provenha de fontes renováveis e adotar as medidas necessárias para que a economia energética chegue até 20%, tudo até 2020.

Dos três objetivos, o de eficiência energética é o único que não é obrigatório e que pode não ser cumprido, como reconheceu a cúpula dos líderes da UE em 4 de fevereiro.

Por isso, Hedegaard insiste na necessidade de seguir em frente, embora não reivindique diretamente a fixação da meta vinculativa, como querem o Parlamento Europeu e as organizações ambientalistas. A bola está no telhado do comissário de Energia europeu, Günther Oettinger, reticente em assumir novas obrigações.

A rivalidade entre ambos os comissários já foi sentida em outras ocasiões, como foi o caso dos subsídios às minas de carvão deficitárias. Hedegaard defendeu eliminar as ajudas em 2014, mas Oettinger pediu que se mantivessem até 2018 para contentar à Espanha e à chanceler alemã, Angela Merkel, com a qual compartilha nacionalidade, partido e interesses. O colégio de comissários da UE respaldou autorizar as ajudas até 2018.

EFE   
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