A agência espacial Americana (Nasa) divulgou nesta sexta-feira a imagem da nebulosa LBN 114,55 +00.22, visualizada pela sonda WISE (Wide-field Infrared Survey Explorer). Batizada em homenagem ao astrônomo que publicou um catálogo de nebulosas em 1965, LBN significa "Lynds Bright nébula" e os números referem-se às coordenadas na Via Láctea, servindo como uma espécie de endereço na galáxia.
Os astrônomos classificaram a nebulosa como de emissão, por ser responsável por emitir luz. Segundo a Nasa, as nebulosas de emissão são berçários de estrelas, ou seja, lugares onde elas se formam. As cores usadas na imagem representam determinados comprimentos de onda da luz infravermelha. Azul e turqueza marcam a luz emitida em comprimentos de onda predominantemente de estrelas. Verde e vermelho representam a luz emitida principalmente pela poeira.
As nebulosas são enormes nuvens de poeira e gás que ocupam o espaço entre as estrelas. Algumas recebem nomes correspondentes a sua aparência, como a nebulosa Rosa. Nesta terça-feira, a agência espacial apresentou outra nebulosa, chamada de América do Norte devido à incrível semelhança com o continente em luz visível.
Descoberta também muda a maneira de pensar sobre o que são "ambientes habitáveis" no universo. Na imagem, o micro-organismo que usa arsênio no lugar de fósforo na constituição de seu DNA
Foto: Nasa / Reprodução
A nova forma de vida substitui fósforo por arsênio em seu metabolismo
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O brasileiro Douglas Galante, coordenador do Laboratório de Astrobiologia da USP acredita que, no Brasil, ambientes vistos como "inabitáveis" também merecem estudo mais detalhado
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Para pesquisadores, descoberta expande o horizonte de possibilidades de busca de vida fora da Terra
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O arsênio é uma substância que, dentro do corpo humano, pode matar todas as células. No entanto, ela faz parte da constituição do DNA deste micro-organismo
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Nasa afirmou que descoberta é somente um ponta-pé para uma série de dicussões e expansão da maneira como o espaço era explorado até então
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Um time de quatro pesquisadores, liderados por Felisa Wolfe-Simon (à esq.), que descobriu o micro-organismo, liderou a coletiva de impresa da Nasa nesta sexta-feira, às 17h
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Para Nasa, forma de vida encontrada significa uma descoberta impactante na busca por vida extraterrestre
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Site holandês havia especulado, horas antes do anúncio oficial da Nasa, sobre descoberta de micro-organismo no Mono Lake, na Califórnia
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Segundo pesquisadores, público pode ter se frustrado por Nasa não apresentar um "ET", como na ficcção científica
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Na imagem, a pesquisadora Felisa Wolfe-Simon trabalha com lama do Mono Lake para estudar o micro-organismo
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A descoberta, no entanto, é um enorme passo para a comunidade científica, sendo categorizada como "fenomenal" pelos pesquisadores
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O grupo de quatro pesquisadores comentou que o mais importante, a partir de agora, é procurar por mais "exceções" de vida no universo
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Felise e mais dois pesquisadores procuravam por evidências de que organismos vivos pudessem ser constituídos por outros elementos químicos no lugar do fósforo
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Felise comentou, no entanto, que a pesquisa se encontra em um estágio muito inicial e que é impossível tirar grandes conclusões neste momento sobre a vida no universo
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Bem humorada, pesquisadora Felise Wolfe-Simon brincou ao afirmar que as escolas precisarão mudar seus livros didáticos a partir de hoje
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A descoberta de Felise abre uma nova perspectiva sobre o que é necessário para a constituição de vida dentro e fora do planeta Terra
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Na imagem, pesquisadores recolhem do lago tóxico Mono, na Califórnia, ainda na fase de estudos sobre a possibilidade da descoberta de vida dentro do arsênio
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Na imagem, a microfotografia mostra, aplificadamente, o micro-organismo que possui o elemento até então considerado tóxico para a vida, o arsênio, dentro do seu DNA