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Gengis Khan impediu emissões de carbono em escala global

9 fev 2011 - 08h22
(atualizado às 09h00)
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Um novo estudo afirma que o conquistador mongol Gengis Khan foi responsável por uma significativa redução nas emissões de carbono na atmosfera no século XIII. Segundo os pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, a conquista de outros povos asiáticos pela Mongólia resultou na queda nas emissões equivalente a um ano da queima de gasolina no mundo atual. As informações são do site Live Science.

Mulher observa estátua de Gengis Khan durante exposição na Coreia do Sul
Mulher observa estátua de Gengis Khan durante exposição na Coreia do Sul
Foto: AFP

A pesquisa, publicada no jornal The Holocene, focou no uso da terra e produção de dióxido de carbono entre os anos 800 e 1850. Durante esse período foi grande a atividade de desmatamento para a agricultura - e foi o desmatamento o principal responsável pela emissão de carbono.

Antes do estudo, os pesquisadores já acreditavam que grandes guerras, assim como poderosas epidemias, eram capazes de provocar redução na emissão de carbono, já que prejudicavam a agricultura, o que por consequência diminuía o desmatamento. Durante esses períodos as florestas voltavam a crescer.

Os pesquisadores focaram a análise em quatro grandes eventos: a conquista da Ásia pela Mongólia (entre 1200 e 1380); a peste negra na Europa (1347 - 1400), que teria matado 25 milhões de pessoas; a conquista das Américas (1519 - 1700); a queda da Dinastia Ming na Ásia (1600 - 1650).

Dos quatro eventos, apesar do grande número de mortes que todos causaram, apenas a invasão mongol teve um grande impacto, diminuindo a emissão em 0,1 parte por milhão.

Por outro lado, mesmo Gengis Khan não faria muita diferença no mundo atual. Os cientistas afirmam que as emissões causadas pela agricultura moderna, por exemplo, não seriam nem "arranhadas" pelas mangudais de Khan.

No caso da peste negra e da queda dos Ming, a pesquisadora Julia Pongratz, autora do estudo, acredita que foram eventos muito curtos para a restauração das florestas - seriam necessários 100 anos ou mais para as árvores alcançarem todos sua capacidade de armazenamento de CO2.

Já no caso da conquista das Américas, a cientista afirma que os povos afetados não tinham grande produção agrícola e não causavam muito desmatamento, enquanto o restante do planeta continuava a destruir florestas.

Outros estudos que investigaram o gelo na Antártida sugerem que a queda no dióxido de carbono na atmosfera foi maior do que indica Pongratz durante essas eras. A pesquisadora afirma que isso pode indicar uma influência importante de fatores naturais, como mudanças na radiação solar, nos níveis de carbono na atmosfera.

Fonte: Terra
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