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Estudo: homem moderno emigrou da África há menos de 100 mil anos

27 jan 2011 - 15h15
(atualizado às 15h51)
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Estudo que será publicado na revista Science, realizado por cientistas de diversas Universidades e instituições em conjunto, indica que o Homo sapiens emigrou da África há menos de 100 mil anos, isto é, muito antes do que se pensava até agora, revelam ferramentas descobertas na península arábica.

A presença do homem moderno na península arábica pode remontar há 125 mil anos, segundo a equipe internacional de pesquisas chefiada por Hans-Peter Uerpmann, da Universidade Eberhard Karls, na Alemanha.

O período no qual o homem moderno começou a emigrar do continente africano e a cronologia de sua dispersão pelo Mediterrâneo e ao longo da costa da península arábica têm sido tema de debate há tempos. No entanto, a maioria dos vestígios e rastros descobertos até o momento leva a crer que esta migração ocorreu há 60 mil anos.

A equipe de cientistas descobriu um conjunto de ferramentas no sítio arqueológico de Jebel Faya, em particular sílexes talhados em ambos os lados para cortar ou cavar, machados sem empunhadura e raspadeiras.

Os cientistas começaram a escavar em 2003 e inicialmente encontraram artefatos da Idade do Ferro, do Bronze e do Neolítico, mas depois descobriram estas ferramentas que remontam ao Paleolítico médio, período que se estende de 300 mil até 30 mil anos atrás.

Os arqueólogos recorreram a uma técnica chamada luminiscência por estímulo óptico, que permite medir há quanto tempo um objeto não está exposto à luz. Assim determinaram que estas ferramentas de pedra remontam a um período que vai de 100 mil a 125 mil anos.

Crânio do Australopithecus sediba é apresentado na África do Sul
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Foto: Reuters
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