Pinguins marcados por cientistas vivem menos, diz estudo
13 jan2011 - 12h19
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As marcações usadas para rastrear pinguins podem estar matando as aves, segundo um estudo realizado por cientistas franceses. Anéis de aço foram instalados em torno das pernas e nadadeiras dos pinguins na última década, para monitorar os números da população. Porém, um estudo de 10 anos entre os pinguins-reis marcados apresentou taxas de sobrevivência 44% mais baixas do que os não marcados. As informações são do jornal Daily Mail, do Reino Unido.
A taxa de natalidade entre as aves também foi afetada, segundo o estudo. Pinguins marcados tiveram 41% menos filhotes que os que não tinham marcação, produzindo 47 filhotes em relação aos 80 dos não marcados.
O estudo francês, publicado na revista Nature, acredita que os anéis, feitos em aço ou alumínio ou aço inoxidável, aumentem a resistência dos pinguins ao nadar, fazendo-os trabalhar mais. O autor Yvon Le Maho, da Universidade de Estrasburgo, na França, afirmou que os pinguins marcados se mostravam abatidos, parecendo mais velhos do que sua idade real.
Foram acompanhados cerca de 50 pinguins adultos marcados e 50 não marcados por 10 anos, sendo estes rastreados com transponders sob a pele. Aproximadamente 36% das aves sem anéis de aço sobreviveu por 10 anos, contra apenas 20% dos pinguins marcados. Estes animais vivem geralmente por cerca de 20 anos, embora os pinguins-rei, um dos maiores (com aproximadamente 90 cm de altura), possam viver mais tempo.
Pesquisadores têm debatido por muito tempo a utilização dos anéis. O pesquisador americano P. Dee Boersma, da Universidade de Washington, teve outra opinião acerca do uso da marcação. "O estudo mostra que os anéis que eles usaram em pinguins-rei eram um problema", disse Boersma, que estuda os pinguins-de-magalhães.
Boersma disse que a diferença entre espécies importa. Ela apontou para um estudo feito em 14 anos, que mostrou que os pinguins-de-magalhães macho com duas marcações sobreviveram o mesmo tempo que os pinguins não marcados. Mas o estudo mostrou que as fêmeas que foram que foram marcadas por duas vezes tinham uma menor taxa de sobrevivência.
Le Maho disse que não vê razão para que esta marcação venha a prejudicar algumas espécies de pinguins. A alternativa aos anéis é a utilização de transponder. Essa opção usa marcações que são injetadas sob a pele do pinguim e envia sinais de rádio. "As aves passam mais tempo na água do que em terra, e o transponder não afeta a natação do pinguim", disse um pesquisador.
Mas Le Maho defendeu a teoria de que esta técnica é um pouco mais cara e tem alguns outros inconvenientes. Os cientistas destacaram os problemas potenciais com a investigação sobre o efeito do aquecimento global sobre os pinguins. Os anéis podem ter distorcido os dados, mas a mudança climática prejudica e ainda vai prejudicar os pinguins.
Tigres siberianos brincam sobre a neve no zoológico St. Felicien, no Canadá
Foto: Mathieu Belanger / Reuters
Elefante do zoológico de Berlim, o Zoologischer Garten, joga para cima uma bola de neve
Foto: John MacDougall / AFP
Macacos tomam banho juntos em um lago de água quente no frio do Jardim Botânico municipal em Hakodate, no norte do Japão
Foto: Hiroko Miyoshi / AP
Casal de pinguins se seca na neve depois de um mergulho no zoológico de Berlim, o Zoologischer Garten
Foto: John MacDougall / AFP
Cervo Barasingha, nativo da Índia, descansa na neve do zoológico de Berlim, na Alemanha
Foto: John MacDougall / AFP
Série de imagens mostra elefante utilizando a tromba para levar neve até sua boca no zoológico de Berlim
Foto: John MacDougall / AFP
Urso polar tira um cochilo na neve no zoológico de Berlim
Foto: Marcel Mettelsiefen / AFP
Zebra caminha por gramado coberto de neve no zoológico Whipsnade, no norte de Londres, na Inglaterra
Foto: Max Nash / AFP
Garça repousa sobre a neve dentro do zoológico de Berlim
Foto: John MacDougall / AFP
Urso polar Knut boceja em área do zoológico de Berlim
Foto: Johannes Eisele / AFP
Porco do mato enfia o focinho na neve dentro do Zoologischer Garten
Foto: Johannes Eisele / AFP
Camelo asiático tem a boca coberta de gelo no zoológico de Frankfurt, na Alemanha
Foto: Arne Dedert / AFP
Tigres brincam na neve no zoológico Blijdorp, em Roterdã, na Holanda
Foto: Ilvy Njiokiktjien / AFP
Coruja-do-Ártico praticamente desapareceu na neve por causa de sua cor no zoológico Blijdorp
Foto: Marten van Dijl / AFP
Panda gigante Tai Shan tenta alcançar bambu coberto de neve no zoológico Parque Nacional Smithsonian, em Washington, nos Estados Unidos
Foto: Chip Somodevilla / Getty Images
Grupo de suricates tenta se aquecer sob o frio do zoológico de Worms, no sudoeste da Alemanha, onde as temperaturas chegaram a -10ºC
Foto: Torsten Silz / AFP
Três lobos brincam na neve no zoológico de Worms, na Alemanha
Foto: Torsten Silz / AFP
Macaco-japonês faz bola de neve no zoológico de Stuttgart, no sul da Alemanha
Foto: Michael Latz / AFP
Panda vermelho procura por comida sobre a neve no zoológico de Chester, no noroeste da Inglaterra
Foto: Paul Ellis / AFP
Flamingos cubanos são vistos atrás de um painel de vidro coberto por cristais de gelo no zoológico de Dresden, no leste da Alemanha
Foto: Norbert Millauer / AFP
Pavão mediterrâneo é fotografado no zoológico Whipsnade, em Londres
Foto: Max Nash / AFP
Leopardo-das-neves caminha pelo zoológico de Banham, em Norfolk, no leste da Inglaterra
Foto: Jamie McDonald / Getty Images
Íbex tem boca coberta pela neve no zoológico de Berlim, na Alemanha
Foto: Thomas Peter / Reuters
Urso descansa sobre a neve no zoológico de Gelsenkirchen, na Alemanha
Foto: Kirsten Neumann / Reuters
Grupo de macacos-japoneses se aglomeram em cima de um pneu no zoológico Sapporo Maruyama, no Japão
Foto: Issei Kato / Reuters
Bebê elefante é coberto de neve entre dois elefantes adultos no zoológico de Whipsnade, em Londres