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Nova espécie de lêmure é descoberta em Madagascar

13 dez 2010 - 12h19
(atualizado em 14/12/2010 às 09h44)
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Cientistas confirmaram nesta segunda-feira que uma nova espécie de lêmure pode ter sido descoberta em Madagascar, durante filmagens de documentário este ano, produzido pela BBC. As informações são do site da BBC.

Novo lêmure foi descoberto por acaso, quando cientista procurava outra espécie nas florestas de Madagascar
Novo lêmure foi descoberto por acaso, quando cientista procurava outra espécie nas florestas de Madagascar
Foto: Conservation International / BBC Brasil

O presidente da conservação Internacional, Russ Mittermeier, encontrou pela primeira vez o lêmure em 1995, durante uma expedição nas florestas do país africano. Já em 2010, filmando o documentário, conseguiram capturar e pegar amostras de sangue do primata antes de devolvê-lo à sua casa.

Testes com as amostras devem confirmar que se trata de uma nova espécie, mas os cientistas se dizem convencidos de que realmente é. O novo lêmure pertence ao grupo de espécie chamado Phaner. Se confirmado que é uma nova espécie, o lêmure se tornará apenas o quinto membro deste grupo.

O animal foi visto pela primeira vez em Daraina, área protegida no noroeste de Madagascar. Mittermeier estava à procura de outra espécie de lêmure, o Propithecus tattersali, espécie maior do que a nova, descoberto em 1988. "Fiquei surpreso de ver um lêmure forquilha-marcado na região, já que não havia registro disso", disse o cientista. "Imediatamente soube que se tratava de uma nova espécie, mas não tive como provar até agora", completou.

Em outubro de 2010, Mittermeier liderou expedição na mesma região. A equipe começou a procurar o lêmure depois do pôr-do-sol, que é quando os lêmures forquilha-marcado começam a aparecer e emitir sons. Eles ouviram um som próximo ao acampamento no topo de uma árvore e correram pela floresta seguindo mais chamados iguais.

Os pesquisadores eventualmente captaram sinais da passagem do animal com luzes especiais, e lançaram um dardo tranquilizador. Um membro da equipe, então, subiu na árvore em que ele estava e o trouxe ao chão, onde o examinaram.

A forma do corpo, o tamanho de seus membros e a língua eram familiares a outros lêmures, mas sua cor era diferente, além de marcas na cabeça que nunca antes foram vistas em outros animais. Além disso, a estrutura abaixo da língua do lêmure o distinguia de seus parentes próximos.

"Essa é outra marcante descoberta em Madagascar, a prioridade mundial na biodiversidade e um dos mais extraordinários lugares no planeta", disse Mittermeier. "É inacreditável que continuemos a achar novas espécies de lêmures e de várias plantas e animais nesse país, que já perdeu 90% ou mais de sua vegetação natural", completou. Por causa dessa perda da vegetação, inclusive, acredita-se que a nova espécie já se tornará ameaçada de extinção.

Fonte: Redação Terra
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