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"Ou morre o capitalismo ou morre a mãe Terra", diz Morales

9 dez 2010 - 17h17
(atualizado às 17h39)
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Claudia Andrade
Direto de Cancún

O presidente da Bolívia, Evo Morales, fez nesta quinta-feira (9) um duro discurso contra o capitalismo na 16ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-16), que está sendo realizada em Cancún, no México. Depois de discursar no espaço reservado aos chefes de Estado e ministros pedindo para que a natureza não seja transformada em mercadoria, o líder boliviano repetiu seu discurso aos jornalistas, em entrevista coletiva.

A faixa foi assinada por Greenpeace, Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira, Observatório do Clima e Grupo de Trabalho Amazônico
A faixa foi assinada por Greenpeace, Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira, Observatório do Clima e Grupo de Trabalho Amazônico
Foto: Greenpeace / Divulgação

"Nós aprendemos a gritar 'pátria ou morte'. Agora já não se trata disso. É 'planeta ou morte'. Ou morre o capitalismo ou morre a mãe Terra", disse. Morales disse que as "potências" precisam "abandonar sua arrogância, sua soberba". "Temos que abandonar o luxo do mercado, enquanto não o abandonarmos, certamente milhões vão continuar pagando pelo luxo de alguns".

O presidente classificou a crise climática como uma das crises do capitalismo e destacou que o aquecimento global afeta a produção de alimentos. Em Cancún, Morales defendeu a prorrogação do Protocolo de Kyoto e disse que a falta de acordo entre os países pode significar um "ecocídio", um "atentado à humanidade". Para ele, o mais importante é que os governos sigam a vontade dos povos. "Vamos praticar a democracia mundial".

Fonte: Redação Terra
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