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Brasil minimiza críticas da Alba a países desenvolvidos

4 dez 2010 - 00h57
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Claudia Andrade
Direto de Cancún

O embaixador Luiz Alberto Figueiredo, negociador chefe do Brasil na 16ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-16), minimizou as críticas feitas por integrantes da Alba (Aliança Bolivariana para as Américas) a nações desenvolvidas que não apoiam o segundo período de comprometimento com o Protocolo de Kyoto, que expira em 2012.

"Estamos num processo de intensos diálogos informais e às vezes os discursos se elevam, o que é normal", disse o embaixador, admitindo "surpresa" com o endurecimento do diálogo entre os grupos. "De certa forma ficamos surpresos de ver de volta antigas posições, depois das conversas que tivemos ao longo do ano, pré-Cancún".

Figueiredo avalia que os países da Alba consideram ter evoluído no tema e esperavam que outras nações evoluíssem na mesma direção. Seja como for, com mais uma semana de discussões, a expectativa brasileira é de que haja um entendimento. "Espero que a qualidade dos diálogos seja melhor no final da próxima semana".

Em entrevista coletiva na manhã desta sexta, em Cancún, a negociadora venezuelana Claudia Salerno usou palavras duras para dizer que os países do grupo não aceitavam o segundo período de metas de redução das emissões de gases do efeito estufa. Disse que os países da Alba não devem ser tratados como "estúpidos" nem ceder a "chantagens".

Depois das declarações, representantes da União Europeia também tiveram uma fala conciliadora, defendendo o equilíbrio nas negociações. "A palavra mágica é equilíbrio. O que não pode é um grupo de países ganhar tudo e outro não ganhar nada", disse Artur Runge-Metzger, um dos negociadores do bloco europeu. "Ficar nos dois extremos não ajuda nas negociações".

Além do Japão, outros países como Rússia e Canadá também estariam fora da tentativa de se estabelecer um segundo período de Kyoto.

Fonte: Terra
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