Há mil anos: 1ª americana na Europa foi levada por vikings
17 nov2010 - 17h26
(atualizado às 17h54)
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A primeira pessoa a viajar até a Europa, tendo nascido no continente americano, é possivelmente uma mulher que os Vikings teriam levado para a Islândia há mais de mil anos, segundo um estudo realizado por cientistas espanhóis e islandeses.
Essas conclusões sustentam a teoria de que os Vikings chegaram ao continente americano muitos séculos antes de Cristóvão Colombo ter descoberto o Novo Mundo. O Instituto de Pesquisas Científicas da Espanha (CSIC) informou que análises genéticas realizadas em cerca de 80 pessoas vindas de quatro famílias islandesas mostraram que os indivíduos possuíam um tipo de DNA que é apenas encontrado nos ameríndios ou pessoas nascidas na Ásia Oriental.
"Pensamos primeiramente que o DNA tinha vindo das famílias asiáticas que se estabeleceram recentemente na Islândia", declarou um pesquisador do CSIC, Carles Lalueza-Fox, citado em um comunicado do instituto publicado nesta quarta-feira.
"Mas quando as árvores genealógicas foram estudadas, descobrimos que as quatro famílias descendiam de ancestrais que viveram entre 1710 e 1740 e vinham da mesma região do sul da Islândia", acrescentou. A linha genética descoberta, chamada de C1e, é mitocondrial, o que quer dizer que o gene foi introduzido na Islândia por uma mulher.
"Sabendo que a ilha foi virtualmente isolada a partir do século X, a hipótese mais verossímil é a de genes correspondentes de uma mulher de origem ameríndia que foi levada do continente americano pelos Vikings por volta do ano 1000", explicou Lalueza-Fox.
Os pesquisadores tiveram acesso aos dados da companhia deCODE Genetics, situada em Reykjavik. A equipe de cientistas espera encontrar este mesmo DNA de origem ameríndia em outras pessoas provenientes da população islandesa, começando pela região situada ao redor da geleira Vatnajokull, no sul do país.
O relatório, redigido pelos cientistas do CSIC e da Universidade da Islândia, foi igualmente publicado na última edição do American Journal of Physical Anthropology.
Eles assustam, mobilizam cientistas e espantam muitas pessoas, mas ficam marcados na história como enganos ou até mentiras. O mais famoso certamente é o da autópsia do ET de Roswell. Um filme divulgado em 1995 mostrava a suposta autópsia que teria sido realizada em 1947 e, após ser reproduzido em TVs de todo o mundo, descobriu-se que era apenas um boneco e o filme, uma fraude
Foto: Reprodução
O chupa-cabra é um dos animais míticos mais relatados nos últimos anos. Esta cabeça, por exemplo, encontrada em 2007, foi encontrada por um morador de Cuero, no Estado americano do Texas. Contudo, exames de DNA indicaram que era apenas um coiote em estado de decomposição
Foto: AP
Os misteriosos sinais em campos costumam ser ligados a ovnis e até inspiraram um filme de Hollywood. Contudo, pelos menos estes da imagem eram falsos. Eles foram criados pelos artistas britânicos Dave Chorley e Doug Bauer em 1991. Na verdade os dois confessaram terem feito os círculos durante 13 anos em campos de milho do Reino Unido
Foto: Reprodução
Em 2009, jovens panamenhos encontraram em uma floresta o corpo de um estranho ser. Eles registraram em imagens que percorreram o mundo da criatura que ficou conhecida como "ET do Panamá". Apesar de parecer ter vindo de outro mundo, o animal na verdade era uma espécie de preguiça da região que apenas tinha perdido o pelo por permanecer muito tempo na água após a morte
Foto: Reprodução
Em 1868 o americano George Hull fez o que pode ser considerada uma das maiores brincadeiras de todos os tempos. Ele criou uma estátua de um gigante de 3 m. O "achado" chamou a atenção e virou atração local, já que as pessoas achavam que era um gigante bíblico petrificado. Hoje, a estátua é exposta em um pequeno museu dos EUA
Foto: Reprodução
Em 1934 o jornal britânico Daily Mail publicou aquela que seria a primeira foto do monstro do lago Ness. Por anos a imagem captada pelo médico Robert Kenneth Wilson foi considerada a mais importante prova da existência do tal monstro. Contudo, na década de 90, um homem chamado Christian Spurling confessou que a foto era falsa. O próprio Spurling diz ter criado o falso ser a pedido de Wilson
Foto: Reprodução
Em maio deste ano, uma isolada comunidade indígena da província canadense de Ontário encontrou o que achava ser uma criatura mítica sinal de mal agouro - o omajinaakoos. Duas investigações separadas das imagens, feitas por dois cientistas, indicaram que se tratava apenas de um pequeno animal local. Um deles chegou a ser mais detalhista: era uma marta americana (um animal parecido com uma lontra)
Foto: EFE
Muitos já foram os relatos de pé grande. Em 2008, dois homens foram além: apresentaram o que diziam ser provas da captura desse animal. Pouco tempo depois, contudo, eles confessaram que era apenas uma fantasia de gorila modificada. Eles disseram terem sido enganados por dois caçadores que venderam o "corpo". Um dos dois "descobridores", que era policial, acabou demitido por causa do caso
Foto: Reprodução
Em 1912, o britânico Charles Dawson apresentou ao mundo o que seria o "elo perdido" entre os homens e nossos ancestrais - o homem de Piltdown. Segundo a BBC, contudo, 40 anos depois, um estudo indicou que se tratavam de ossos de orangotango. O culpado nunca foi descoberto, mas se acusou até sir Artur Conan Doyle, criador de Sherlock Holmes e morador da região e membro da sociedade arqueológica de Dawson. Obviamente, o "descobridor" também é um dos suspeitos
Foto: Reprodução
Em 1983 a revista alemã Stern publicou a descoberta dos supostos diários de Adolf Hitler. Segundo o site da TV Deutsche Welle, a revista afirmava que os diários tiveram a autenticidade comprovada por historiadores e peritos em análise de caligrafia. Contudo, novas análises indicaram que o papel não existiria na época e que os selos e a caligrafia eram falsos. Konrad Kujau, um negociante de artigos militares, e o repórter Gerd Heidemann foram condenados a 4 anos de prisão