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Teste genético britânico revela procedência dos ancestrais

17 nov 2010 - 16h51
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Cientistas da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, desenvolveram um teste genético que revela a procedência dos ancestrais e as características das comunidades há milhares de anos.

Em um trabalho publicado nesta quarta-feira pela Public Library of Science (PLoS), os cientistas afirmaram que o teste permite identificar se nossos antepassados procederam de uma comunidade pequena, grande e cosmopolita ou se viviam em grupos isolados.

Através do estudo também é possível descobrir se os pais de uma pessoa ou se seus ancestrais tinham algum tipo de vínculo familiar como, por exemplo, se procediam de uma comunidade na qual o casamento entre primos-irmãos era comum.

Os pesquisadores anunciaram que a descoberta permitirá identificar comunidades com riscos de doenças genéticas, como a fibrose quística e a distrofia muscular.

O doutor Jim Wilson ressaltou o valor histórico do estudo, que poderá traçar as migrações das populações.

"É como um arquivo escrito em código genético, de modo que podemos entender a maneira como nossas povoações se desenvolveram num passado distante", afirmou.

Os cientistas analisaram o DNA de mais de mil pessoas de 51 grupos étnicos, incluindo comunidades amazônicas, europeias e das ilhas do Pacífico, e identificaram as que herdaram uma cópia idêntica de material genético de seus progenitores.

A condição se chama "homozigose" e indica que o pai e a mãe do indivíduo têm um antepassado comum.

As provas permitiram constatar que a população nativa da América do Sul tinha a porcentagem mais alta de DNA compartilhado, o que sugere que essas comunidades foram pequenas e viveram isoladas durante muitas gerações.

Por outro lado, as comunidades africanas apresentaram o menor grau de semelhança genética, o que sugere que foram povoações que sofreram mais transformações ao longo dos anos.

"Se um indivíduo recebe pedaços de DNA que são idênticos entre a mãe e o pai, isso demonstra que os pais são parentes próximos", disse Wilson.

De acordo com o pesquisador, "em algum ponto no passado todos fomos relacionados".

EFE   
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