Estudo: diversidade amazônica é mais antiga do que o imaginado
12 nov2010 - 10h47
(atualizado em 16/11/2010 às 13h06)
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Dois artigos publicados na revista Science indicam que a biodiversidade encontrada na Floresta Amazônica é mais antiga do que o estimado anteriormente. As informações são da Agência Fapesp.
O primeiro artigo, de pesquisadores da Universidade de Amsterdã, na Holanda, destaca descobertas que reconhecem a lenta elevação da cordilheira dos Andes como a principal força propulsora da biodiversidade da floresta. O estudo fala sobre os processos geológicos da floresta Amazônica ocorridos durante a era Cenozoica, que abrangeu os últimos 65,5 milhões de anos.
O segundo artigo, de cientistas do Instituto Smithsonian de Pesquisa Tropical, no Panamá, aponta efeitos de um evento de aquecimento global dos mais importantes dos últimos 65 milhões de anos: o Máximo Térmico do Paleoceno-Eoceno, ocorrido nas florestas tropicais da Venezuela e Colômbia. Segundo o estudo, as florestas prosperaram nas condições de altas temperaturas e elevadas concentrações de dióxido de carbono que dominavam a região à época.
Entre as novas espécies descobertas na Amazônia que tiveram imagens divulgadas nesta terça, pela WWF, está a Phreatobius dracunculus, pequena espécie cega e brilhante de bagre que vive em águas subterrâneas. A espécie foi encontrada em Rondônia
Foto: Janice Muriel Cunha / AFP
Entre os animais das fotos divulgadas pela WWF, talvez este sapo (Ranitomeya amazonica) seja o mais bonito, com manchas que lembram chamas em sua cabeça e manchas de cor azulada brilhante pelo corpo e patas. Seu habitat é em Iquito, no Peru
Foto: Lars K. / AFP
No primeiro caso de espécie de anaconda encontrada desde 1936, a Eunectes benienses foi vista na região amazônica no nordeste da Bolívia e também nas várzeas bolivianas da região de Pando. Ela tem 4 metros de comprimento e acreditava-se que fosse fruto da relação entre anacondas amarelas e verdes - ou seja, um híbrido. Porém, foi determinado que é, sim uma espécie única
Foto: Jose Maria Fernandez / AFP
O golfinho Inia boliviensis recebeu este nome científico em 2006, quando evidências provaram que se tratava de uma espécie separada do Inia geoffrensis. Ele vive na região boliviana da Amazônia. Possui mais dentes do que os golfinhos da outra espécie comparada, cabeças menores e corpo menor porém mais largo e arredondado