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CSI de 1,8 mil anos: achados indícios de morte brutal de menina

16 set 2010 - 13h01
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Arqueólogos encontraram em um forte do Império Romano na Grã-Bretanha o esqueleto de uma menina que não teria mais que 10 anos de idade quando foi morta há 1,8 mil anos, aproximadamente. Chamou a atenção dos cientistas marcas provavelmente de violentos golpes na cabeça da criança e as mãos que estariam amarradas - conforme indica a posição do corpo -, sinais de uma morte brutal. A investigação ainda vai avançar e já começa a lembrar seriados de TV, não fosse o fato de os investigadores não serem policiais, e sim arqueólogos. As informações são do Daily Mail.

Indícios indicam que criança foi enterrada com mãos amarradas após morrer com pancadas na cabeça
Indícios indicam que criança foi enterrada com mãos amarradas após morrer com pancadas na cabeça
Foto: Divulgação

Apesar dos vestígios apontarem para um assassinato violento, os pesquisadores acreditam que detalhes do crime nunca sejam esclarecidos. A menina foi enterrada em uma cova rasa no forte romano de Vindolanda, próximo a Bardon Mill, no condado de Northumberland.

Enterros humanos em áreas com construções, como fortes ou cidades, dificilmente ocorriam na época do Império Romano. O corpo normalmente era cremado ou enterrado em um cemitério fora da área urbana.

Os arqueólogos acreditam que a criança foi enterrada rapidamente, para não levantar suspeitas do crime. Contudo, as marcas no crânio podem não ter sido feitas quando a menina estava viva, mas sim anos depois de sua morte. O corpo ainda vai passar por análises mais detalhadas para que o mistério seja solucionado.

A antropóloga bióloga Trudi Buck, da Universidade de Durham, analisou o corpo e o identificou como sendo de uma criança, certamente uma menina. Ela afirmou ainda que a posição do corpo indica que as mãos foram amarradas.

"A investigação ainda foi preliminar. Há sinais específicos de danos a ossos que não podem ser vistos em um primeiro exame. O crânio estava muito quebrado quando foi descoberto, mas é difícil dizer se estava assim por causa de ferimentos causados nele ou se isso ocorreu com o tempo", diz Trudi.

Segundo o diretor das escavações, todos os cenários para a morte da criança são estudados. O primeiro, e mais forte, é o de que ela seria um escravo. "Pode ter ocorrido uma disputa entre dois soldados e então um decidiu danificar a propriedade do outro", diz Andrew Birley à reportagem.

Nos tempos de Roma os escravos eram considerados como propriedade, objetos, e a menina pode ter sido usada para resolver uma disputa. "O que podemos dizer com segurança é que foi um crime que precisou ser encoberto rapidamente", afirma o pesquisador.

"Não deveria ser fácil para os assassinos carregar o corpo para fora do forte por causa da segurança, e é por isso que a criança foi enterrada dentro do seus limites", diz Birley.

Fonte: Redação Terra
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