Estudo: homem têm 70% dos genes iguais aos das esponjas do mar
6 ago2010 - 07h58
(atualizado às 11h42)
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Pode ser que a humanidade descenda do macaco, mas cientistas australianos encontraram provas de relações muito mais estreitas do homem com o solo submarino, em um estudo que afirma que as esponjas do mar compartilham quase 70% de genes com os humanos.
A sequência genética das esponjas do mar na Grande Barreira de Recifes da Austrália mostrou que esse animal aquático invertebrado compartilha muito de seus genes com os humanos, incluindo um grande número de genes associados com doenças como o câncer.
A descoberta pode proporcionar novas bases de descobertas em relação ao câncer e a pesquisas com células-tronco, afirmou o chefe do estudo, Bernard Degnan, da Universidade de Queensland, Austrália. "As esponjas têm o que consideramos o 'Santo Graal' das células-tronco", afirmou Degnan.
Explorar as funções genética das células-tronco das esponjas poderá revelar "relações profundas e importantes" con os genes que influenciam a biologia das células-tronco humanas. "Pode, inclusive, modificar a forma em que pensamos nossas células-tronca e como poderíamos usá-las em futuras aplicações médicas", explicou.
O estudo, publicado pela revista Nature esta semana, é o resultado de mais de cinco anos de pesquisas de uma equipe internacional de cientistas.
O Censo da Vida Marinha divulgou dados sobre 10 anos de trabalho conjunto com instituições de pesquisa de todo o planeta. Entre as novas descobertas, está a de que o Japão e a Austrália têm a maior biodiversidade marinha e o Mediterrâneo é o mar mais ameaçado do mundo. Confira imagens de animais observados. O Phronoma sedentaria vive dentro de outro animal que tem forma de barril
Foto: Divulgação
O Chiasmodon niger é capaz de capturar e ingerir uma presa maior que ele mesmo
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Pesquisadores da Nova Zelândia seguram estrelas-do-mar Macroptychaster gigantes. Esses animais podem chegar a 60 cm de diâmetro
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A lagosta cega é uma nova espécie descoberta em 2007 e pertence a um raro gênero, do qual se conheciam apenas duas outras espécies e quatro animais vivos
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A bactéria gigante de enxofre habita sedimentos no leste do Pacífico Sul
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Pesquisadores estudam um atum
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O Lutjanus casmira é um típico peixe de recife. Estes foram registrados na Ilha de Páscoa
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Pesquisadores descrevem o Clione limacina como um "anjo no escuro oceano"
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Esta nova espécie de camarão fantasma foi encontrada na lama de um vulcão no golfo de Cádiz
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O bizarro Crassota sp também foi registrado pelos pesquisadores
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O Coryphaenoides rupestris não chama a atenção pela beleza
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Neste caranguejo, chama a atenção os olhos listrados
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O Abyssobenthic ctenophore é uma das muitas espécies dos mares do Japão, os de maior biodiversidade do planeta, ao lado dos da Austrália
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Poliquetas também foram estudadas
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As estrelas-do-mar Pycnopodia helianthoides vivem no Alasca
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O estudo foi responsável, em 2003, pelo primeiro registro do padrão de cores da anêmona Stephanthus antarcticus, que vive na Antártida
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O sangue do peixe de gelo da Antártida é adaptado para não congelar em baixas temperaturas, por isso, não tem hemoglobina nem células vermelhas que dão cor ao sangue. Na mesma imagem, podem ser vistas estrelas-do-mar amarelas
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Água viva de águas profundas usa bioluminescência para "gritar" por socorro quando atacada. Animal foi registrado a 805 m de profundidade no leste da ilha de Izu-Oshima, no Japão
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A Asteronyx loveni foi registrada a 1.265 m de profundidade, em Sanriku
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Esta nova espécie de cefalópode protege os pequenos olhos com escudos. Descoberto no cabo Nomamisaki
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Este hidróide foi registrado a 670 m de profundidade na baía Sagami
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O verme zumbi vive e se alimenta dos ossos de baleias
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Aranha do mar macho carrega ovo em apêndices adaptados na parte inferior de seu corpo. Esta é uma das muitas possíveis novas espécies da Antártida. Os pesquisadores do Censo tentam entender a evolução desses curiosos animais
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Esta estrela-do-mar também foi registrada
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Estrela-do-mar é registrada na baía Cobscook, no Maine, Estados Unidos, em 2007
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Este chicote do mar intrigou os pesquisadores, que passaram um bom tempo tentando examinar os diversos organismos que viviam associados a este único animal
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Essa barreira foi construída na Venezuela com cerca de 5 milhões de conchas durante o período pré-hispânico
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Este ouriço-do-mar foi registrado na Antártida
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Imagem registrada na Nova Zelândia mostra uma estrela-do-mar (laranja) em um coral se alimentando de microrganismos em corrente marítima
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Biólogos estudam um esturjão verde no baixo rio Klamath
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Veículo operado a distância mede a temperatura da água. O equipamento foi responsável, em 2006, pela temperatura mais alta registrada no mar: 407°C
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Esta é o único Laurentaeglyphea neocaledonica registrado vivo. Acreditava-se que a espécie estava extinta há 50 milhões de anos
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Apesar da cor, o verme árvore de Natal merece o nome
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Águas-vivas coloniais foram vistas na Austrália
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A água-viva Aequorea macrodactyla vive nas águas mornas do leste do Pacífico
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Este Lima sp, uma espécie de molusco, foi fotografado durante uma expedição à ilha Ningaloo, na Austrália
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Diversas espécies de polvo foram observadas na Antártida
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Este caranguejo foi observado em 2005
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Água-viva foi registrada na Austrália
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Os chocos também foram estudados pelo Censo
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Lesma do mar é vista na ilha Heron, na Austrália
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Esta lesma também foi registrada na ilha Heron
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Tubarão baleia é visto no coral australiano de Ningaloo
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Poliqueta é vista em um coral australiano
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Sabelídeo é registrado no mar australiano
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Este caranguejo foi visto no coral da ilha Heron
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Este coral transparente também foi visto na Austrália
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Esta nova espécie de lula foi descoberta na região central do Atlântico
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Parte inferior de uma estrela-do-mar Nardoa rosea é vista de perto na ilha de Heron
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Doutor Niel Bruce, do Museu Tropical de Queensland, na Austrália, participa de pesquisa em ilha
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Pepinos do mar de água profunda são vistos na Alemanha
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Esponja de vidro é vista na Alemanha. Pesquisadores acreditam que esses animais, devido ao seu tamanho e lento crescimento, existiam antes do aparecimento de uma camada de gelo que existia no local, e sobreviveram a ela
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Ascídias são vistas na Alemanha
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Nova espécie de epímera tem apenas 25 mm e foi descoberta na Antártida
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Alga vermelha foi vista na ilha de Heron
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Ouriço-do-mar foi encontrado na Austrália
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Este pterópode foi capturado na Austrália
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Detectores acústicos ajudaram a registrar a passagem de peixes migratórios e traçar suas rotas
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O caranguejo yeti recebeu esse nome por causa da aparência peluda. O animal pertence a uma nova família descoberta durante o censo. Este espécime foi coletado a 2.228 m de profundidade
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O peixe sargaço se esconde na alga que lhe dá nome
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Esta anêmona do mar da espécie Actinoscyphia sp fecha seu tentáculos para capturar presas ou se proteger
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Este polvo de águas profundas vive a 2,7 mil m de profundidade no Golfo do México
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Este peixe-anjo rainha foi registrado próximo ao vazamento de óleo no Golfo do México
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A Lambis chiragra, que está na Lista Vermelha de espécies ameaçadas como "vulnerável", vive em Cingapura