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Cientistas dizem ter descoberto fósseis de rato "gigante"

27 jul 2010 - 08h23
(atualizado às 08h32)
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A organização de pesquisa científica e industrial CSIRO, da Austrália, divulgou no último sábado a descoberta de fósseis no Timor Leste do que pode ter sido a maior espécie de rato que já viveu no planeta, ou pelo menos a maior já vista. Segundo os cientistas, o animal chegava a pesar 6 kg, enquanto que a maior espécie de ratos ainda existente pesa em média 2 kg e vive nas Filipinas e em Nova Guiné. Não foi divulgado qual seria o tamanho exato do animal.

Dentes da espécie descoberta (esq.) são do tamanho de um crânio da Rattus rattus, uma das mais comuns
Dentes da espécie descoberta (esq.) são do tamanho de um crânio da Rattus rattus, uma das mais comuns
Foto: Divulgação

As escavações encontraram o total de 13 espécies de roedores, sendo 11 consideradas novas. "O leste da Indonésia é um ponto importante na evolução de roedores. Nós queremos atenção internacional para conservar a área", diz o pesquisador Ken Aplin.

Segundo os pesquisadores, exames indicam que o animal viveu entre 1 mil e 2 mil anos atrás, assim como os demais roedores encontrados na região. Apenas uma das menores espécies achadas ainda sobrevive no Timor hoje.

"Roedores são 40% da diversidade dos mamíferos em todo o mundo e são um elemento-chave de ecossistemas, importantes para processos de manutenção do solo e dispersão de sementes. Manter a biodiversidade de ratos é tão importante quanto proteger baleias ou aves", afirma. Os cientistas dizem que o desmatamento - apenas 15% da floresta original do Timor ainda existe - foi um fator decisivo na extinção de várias espécies de roedores.

Segundo o pesquisador, os primeiros habitantes chegaram na ilha há 40 mil anos e caçavam e comiam essas espécies de ratos, mas a extinção ocorreu apenas recentemente. "Nós pensamos que as pessoas viveram sustentavelmente no Timor até entre 1 mil e 2 mil anos atrás. Isso significa que a extinção não era inevitável quando as pessoas chegaram à ilha. O desmatamento em larga escala para a agricultura provavelmente causou as extinções", diz o pesquisador.

Fonte: Redação Terra
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