Linhagem humana se separou da dos macacos depois do pensado
14 jul2010 - 16h43
(atualizado às 18h30)
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O último ancestral comum a macacos e seres humanos viveu, provavelmente, entre 28 e 24 milhões de anos atrás, muito mais tarde do que se pensava até agora, revelou um estudo feito com fósseis, publicado esta quarta-feira na revista científica Nature.
Um crânio parcial da espécie, até agora desconhecida, encontrado no oeste da Arábia Saudita, aponta para uma nova cronologia na evolução dos primatas e preenche uma lacuna importante no registro dos fósseis, concluíram cientistas no estudo.
Até agora, a análise baseada em genomas situava a separação entre os hominóides - que incluem símios e seres humanos - e os cercopitecóides, ou os chamados macacos do Velho Mundo, de 35 a 30 milhões de anos atrás.
Mas a nova espécie, chamada Saadanius hijazensis, foi situada exatamente há 28 milhões de anos, e poderia ter persistido inclusive mais tempo antes de registrada a separação. Seus traços característicos indicam que o ancestral comum dos macacos, símios e seres humanos - chamado catarrino - existiu num galho acima da árvore evolutiva do que sugeria o enfoque genético.
Esta descoberta também permite identificar, pela primeira vez, o misterioso fóssil de outro primata que viveu cerca de quatro milhões de anos depois, como pertencente claramente a um símio posterior à separação. "A mudança na idade não muda a forma como pensamos as origens do ser humano", explicou o principal cientista do estudo, William Sanders, professor da Universidade de Michigan. "Mas nos ajuda a reduzir o período de tempo em que surgiu o grupo que finalmente produziu seres humanos e seus ancestrais diretos. Agora, podemos buscar neste período de 28 a 24 milhões de anos", destacou, por e-mail.
Outro detalhe revelador - o lóbulo da orelha - revelou aos paleontólogos que sua histórica descoberta viveu justamente antes da separação genética entre o macaco e o homem. "O Saadanius partilha a maior parte de seus traços com os catarrinos arcaicos, e não mostra nenhum dos traços avançados característicos dos símios ou dos macacos do Velho Mundo", explicou.
Estas descobertas certamente permitiriam esclarecer uma antiga polêmica sobre o perfil facial do ancestral, tanto dos símios quanto dos macacos do Velho Mundo. Uma teoria baseada no estudo dos animais contemporâneos sugere face curta e testa arredondada.
Mas o Saadanius leva a crer numa teoria competidora, baseada no registro fóssil, que postula uma face longa, saltada e testa estreita e triangular. O crânio parcial desta nova espécie foi encontrado no ano passado na Formação Shumaysi em Harrat Al Ujayfa, província saudita de Al Hijaz, pelo pesquisador da Universidade de Michigan, Iyad Zalmout, junto com uma equipe do Instituto de Geologia Saudita O espécime provavelmente pesava entre 15 e 20 kg.
O Live Science elegeu aqueles que considera os filhotes mais "fofos" do mundo animal. O site não ordenou seus escolhidos. Um dos apresentados é o leopardo nebuloso: o nome vem das marcas em seu pelo. Esse felino vive nas florestas do sudoeste da Ásia
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A espécie corre risco de extinção por causa do desflorestamento e da caça. Além disso, é de difícil reprodução em cativeiro
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Porco-espinho: ao contrário dos adultos, os filhotes tem pelos mais macios
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O porco-espinho adulto também tem seu charme
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A tartaruga batagurbaska: esse animal é considerado raríssimo, sendo que se conhecem apenas 20 sobreviventes na vida selvagem e em cativeiro
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Este filhote foi o primeiro a nascer em cativeiro, no zoológico de Viena, na Áustria. Nos rios de Mianmar, Tailândia, Vietnã, Camboja, Indonésia, Índia e Bangladesh, onde a espécie vive, a batagurbaska sofre com a caça por seus ovos
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Elefante asiático: até quando são recém-nascidos, esses animais estão entre os maiores terrestres do planeta
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Este filhote, nomeado de Pathi Harn ("milagre", em tailandês) causou comoção no zoológico de Sydney, já que, durante o parto, foi dado como morto
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Flamingo: enquanto os adultos são conhecidos por suas cores, os bebês se destacam com esse jeito de "bola de algodão"
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A mãe flamingo demora entre 24 e 36 horas para chocar seus ovos
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Anta malaia: esta espécie, ameaçada de extinção, pode ser encontrada nas florestas da Tailândia, Birmânia, Sumatra e, é claro, Malásia
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Os filhotes costumam ser bem diferentes dos adultos, ostentando uma pele escura com listras e pontos brancos. Quando crescem, por volta dos seis meses, mantêm apenas uma listra
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Orangotango: esses nossos "primos" estão entre as espécies ameaçadas por causa da perda de seu habitat natural
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Bebê orangotango é apresentado no Jardin des Plantes, em Paris
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Urso polar: ao contrário dos adultos - ferozes predadores - os bebês são inofensivos
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Alvo de controvérsias entre especialistas - alguns argumentam que os zoológicos não são ambientes adequados para este feroz animal -, o urso polar está perdendo sua casa, o gelo do Polo Norte, que está derretendo
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Girafa: o animal mais alto do planeta também está na lista
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Os adultos são gigantescos (com 5 m de altura), e os bebês já tem a altura de um homem (1,8 m)
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Pinguim gentoo: segundo a reportagem, os filhotes são, basicamente, versões mais "fofas" dos adultos
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Os gentoo são os mais rápidos pinguins que se tem notícia
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Panda gigante: de certa forma, esse animal parece nunca deixar de ser bebê
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A jovem Hua Mei ("China-EUA", em mandarim) é pesada no zoológico de San Diego, nos Estados Unidos, em imagem de 1999
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Mas o Brasil também poderia ter entrado na lista com, por exemplo, a onça-pintada. Estes três filhotes foram apresentados em 2009 no zoológico de Berlim
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O maior predador das nossas florestas seria um concorrente de peso