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Estudo diz ter provado que animais aprendem por imitação

12 jul 2010 - 17h49
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Os biólogos debatem há anos como os animais conseguem aprender o necessário para sua sobrevivência - por herança genética ou quando "moldados" pelo ambiente, por exemplo. Um recente estudo de mangustos selvagens indica, por outro lado, que os filhotes aprendem ao copiar os "adolescentes". As informações são da New Scientist.

Pesquisadores estudaram os mangustos selvagens para entender como eles aprendem
Pesquisadores estudaram os mangustos selvagens para entender como eles aprendem
Foto: Divulgação

Mangustos têm duas maneiras para quebrar ovos de aves antes de comê-los: mordendo ou batendo contra pedras. Os pesquisadores Corsin Müller e Michael Cant, da Universidade de Exeter, no Reino Unido, deram ovos artificiais aos animais para testar sua reação.

Os animais mais velhos, que acompanhavam os filhotes, mordiam e batiam os ovos artificiais contra pedras, enquanto os pequenos observavam. Em um período entre dois e quatro meses depois, os cientistas deram ovos para os filhotes. Na maioria, os pequenos utilizaram as mesmas técnicas para quebrar a casca que observaram nos "adolescentes".

Os pesquisadores afirmam que o experimento é o primeiro a demonstrar na vida selvagem que conhecimentos, ou "tradições", podem ser passados por imitação. "Eu evito o termo 'ensinar' porque os filhotes estão copiando as técnicas que eles observam", diz Müller à reportagem.

Michael Krützen, da Universidade de Zurique, que também estuda como os animais conseguem aprender, disse à reportagem que o estudo "mostra sem sombra de dúvida, na minha opinião, que a imitação contextual tem um importante papel social na transmissão de comportamentos". Segundo Krützen, como as duas formas de quebrar os ovos coexistem na mesma população de mangustos, as explicações genéticas e ambientais podem ser descartadas.

Ainda de acordo com a reportagem, Müller - que agora trabalha para a Universidade de Viena - diz que uma implicação do experimento é que a aprendizagem social pode ser mais comum na natureza do que se pensa, e não é restrita apenas a espécies mais inteligentes, como chimpanzés, golfinhos e corvos.

o Gymnotus omarorum na verdade já era conhecido há décadas e era modelo de estudos, mas era erroneamente nomeado como sendo um Gymnotus carapo, mas neurofisiologistas uruguaios descobriram que na realidade era uma espécie diferente. Segundo o instituto, esse caso é um exemplo de como conhecemos pouco sobre a biodiversidade, já que um "modelo de estudos" passou décadas sem ser corretamente descrito. Foto: Divulgação
Fonte: Redação Terra
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