Polinésia, Chile e Argentina verão eclipse total do Sol
9 jul2010 - 13h08
(atualizado às 13h33)
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Um prolongado eclipse total do sol começará no domingo pela manhã na Polinésia francesa antes de a sombra da Lua envolver a Ilha de Páscoa e suas misteriosas estátuas gigantes, para terminar seu percurso no Chile e na Argentina, pouco antes do pôr do sol.
A noite se instalará temporariamente em pleno dia sobre um estreito corredor de 11 mil km de largura atravessando o Pacífico Sul. O sétimo eclipse total do século XXI provocou uma chegada em massa de turistas à ilha chilena de Páscoa.
Na ilha francesa do Taiti, o eclipse será parcial, pois uma pequena parte da esfera solar permanecerá visível. Entretanto, quem desejar admirar a coroa prateada do sol quando o astro estiver escondido atrás da Lua poderá contemplar o espetáculo a partir dos atóis vizinhos.
O Sol ficará totalmente oculto durante um tempo máximo de 5 minutos e 20 segundos em uma zona desabitada do Pacífico, segundo os cálculos dos astrônomos da agência espacial dos Estados Unidos (Nasa). O auge está previsto para as 19h33 GMT (16h33, horário de Brasília).
A duração do eclipse total será mais breve na Polinésia (4 minutos e 20 segundos no atol de Hikueru) e na Ilha de Páscoa (4 minutos e 41 segundos em Hanga Roa).
Os eclipses totais acontecem quando a Lua passa entre a Terra e o Sol, com os três astros perfeitamente alinhados. O Sol é aproximadamente 400 vezes maior que a Lua, mas também está 400 vezes mais longe. Por isso, a Lua pode encobrir totalmente o Sol em locais onde a sombra é projetada na superfície da Terra.
Às 18h15 GMT (15h15, horário de Brasília), o eclipse total começará no Oceano Pacífico, antes de chegar seis minutos depois à terra firma em Mangaia, a mais meridional das Ilhas Cook.
O cone da sombra lunar, que avançará com uma velocidade de 2,7 km/s (9,7 mil km/h), chegará às 18h28 GMT (15h28, horário de Brasília) às costas do sudoeste do Taiti, situada a apenas 20 km do ponto inicial do eclipse total.
A partir desta ilha, cruzeiros serão organizados para ver o eclipse, disse o astrônomo da NASA, Fred Espanak. "A Polinésia francesa é o melhor lugar com as maiores probabilidades de bom tempo, mas como existem poucos lugares em terra firme, muitos observadores vão escolher o barco", explicou o especialista em eclipses no site da Nasa.
Em Mangaia e na Ilha de Páscoa, onde o fenômeno será total às 20h11 GMT (17h11, horário de Brasília), os espectadores terão, segundo Espanak, 50% de chances de ter um clima propício. Depois da Ilha de Páscoa, a sombra da Lua cobrirá outros 3,7 mil km de oceano durante 38 minutos antes de começar sua trajetória final ao longo da costa chilena às 20h49 GMT (17h49, horário de Brasília). Esta sombra cruzará rapidamente os Andes para chegar em El Calafate, uma localidade turística na margem sul do lago argentino, na Patagônia.
O arquipélago chileno, desabitado e exposto aos ventos do oeste, não é um lugar adequado para contemplar o eclipse. Mas, ao cruzar os Andes e chegar à Argentina, o clima melhora consideravelmente e o eclipse termina com o pôr do sol perto de El Calafate, às 20h52 GMT (17h52, horário de Brasília), em território argentino.
Se o tempo for bom, uma vez que o Sol estiver oculto, o brilho de sua coroa será visível e é provável que jatos de gases incandescentes sejam projetados a centenas de quilômetros. O próximo eclipse solar total acontecerá no dia 13 de novembro de 2012.
Astrônomo amador conseguiu tirar fotografias da Terra a partir da estratosfera
Foto: Reprodução
Colin Rich utilizou uma câmera que custou cerca de R$ 80 para registrar as imagens
Foto: Reprodução
O americano utilizou um balão, um invólucro e um paraquedas, além da câmera
Foto: Reprodução
Apesar do amadorismo, o resultado foram imagens que parecem tiradas da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), ou de algum milionário satélite lançado por uma superpotência
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No total, o projeto teria custado cerca de R$ 1,3 mil
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A câmera foi comprada no site de leilões eBay
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A altitude é cerca de quatro vezes maior que a capacidade de um avião comercial
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A câmera digital tem 5 anos de uso
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A caixa que continha o equipamento foi fechada com fita adesiva
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Câmera também gravou vídeos
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Segundo o americano, a 15 mil m de altitude, eles perderam contato visual com o aparato
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Como o nome sugere, o projeto Pacific Star 2 foi a segunda empreitada do americano ao espaço
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O Pacific Star 2 foi lançado quatro meses após o planejamento começar
Foto: Reprodução
Segundo o Daily Mail, Rich se inspirou no fotógrafo britânico Robert Harrison, que conseguiu tirar fotos da estratosfera em 2008
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O Pacific Star 1 foi bem menos longe que o "irmão" mais novo
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Segundo o americano, o lançamento ocorreu no dia 5 de junho
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"Nós lançamos (o Pacific Star 2) de Oxnard, na Califórnia", disse o astrônomo amador à reportagem
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"Nós trouxemos nosso tanque de hélio e inflamos o balão meteorológico de látex (...) e, no final da tarde, nós lançamos", disse o americano
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Rich ainda brinca com o projeto
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"Foi muito amador, mas é claro que isso é metade da diversão", diz
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O balão foi lançado na Califórnia
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Em baixa altitude, a câmera já registrou imagens do Estado americano
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"O invólucro de Styrofoam protegeu a câmera do frio e permitiu que ela gravasse vídeos e tirasse fotos com o timer que eu tinha programado", afirma o americano
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O balão levou cerca de uma hora e meia para chegar à estratosfera
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Ao chegar ao seu destino, o tamanho do balão aumentou cerca de sete vezes por causa da pressão interna
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"Ele então estourou e o paraquedas entrou em funcionamento", diz Rich
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Após o pouso, ele foi buscar o equipamento e checar os registros
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O invólucro pousou a cerca de 32 km do local do lançamento
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Segundo a reportagem, o voo do Pacific Star 2 levou cerca de duas horas e meia
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Rich não precisou do orçamento bilionário da Nasa, da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) ou da japonesa (Jaxa), mas conseguiu registrar suas imagens com muita criatividade e um pouco de esforço
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Pacific Star 2 registra imagens de área rural no Estado americano da Califórnia
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Rich não precisou de muitos equipamentos para realizar o feito
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local para o lançamento é preparado
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A câmera utilizada era uma simples e barata digital
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O balão é preparado para ser lançado
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O astrônomo amador utilizou gás hélio
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Os últimos preparativos são feitos
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Segundo o americano, após o Pacific Star, ele começou a pensar no segundo projeto - nas configurações da câmera, umidade interna, tipo de sistema de energia, tipo de câmera utilizado, onde lançar, como encontrar o aparato depois de lançado, como abrir o paraquedas e coisas do tipo