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Tubarões calculam tempo para encontrar alimentos, diz estudo

15 jun 2010 - 13h51
(atualizado às 15h02)
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Os tubarões caçam pelo olfato, e empregam seus narizes para que os conduzam na direção de presas que nem suspeitam de sua presença. Um novo estudo constatou que o fazem ao distinguir qual das suas narinas o cheiro do alimento atinge primeiro, e alterando seu percurso nessa direção.

Os tubarões caçam pelo olfato, e empregam seus narizes para que os conduzam na direção de presas que nem suspeitam de sua presença
Os tubarões caçam pelo olfato, e empregam seus narizes para que os conduzam na direção de presas que nem suspeitam de sua presença
Foto: Getty Images

A diferença de tempo entre o odor atingir uma e a outra narina pode ser minúscula, da ordem de apenas um décimo de segundo, de acordo com um estudo publicado na semana passada na edição online da revista Current Biology.

A teoria anterior era a de que os tubarões comparavam as concentrações de odores que chegavam a cada narina e usavam esse processo como ferramenta de navegação. Mas o cálculo de tempo é uma ferramenta superior, porque odores podem percorrer a água em padrões aleatórios e caóticos, disse Jayne Gardiner, diretora científica do estudo e bióloga da Universidade do Sul da Flórida.

"Se um animal estiver tentando se concentrar, esse processo pode ser muito enganoso", disse. "O cálculo de tempo oferece orientação superior porque permite que nadem na direção correta".

Os pesquisadores afixaram às cabeças de tubarões tubos que penetravam em suas narinas, e bombearam cheiro de lulas, um alimento que os tubarões apreciam.

Os pesquisadores trabalharam com uma variedade de tubarões conhecida como "cação cachorro", encontrada nas águas próximas à Woods Hole Oceanographic Institution, em Massachusetts, onde trabalha Jelle Athema, o segundo autor do estudo.

O trabalho era parte de um projeto maior da Fundação Nacional de Ciências dos Estados Unidos, a fim de avaliar de que maneira os tubarões empregam todos os seus sentidos a fim de localizar, aprisionar e capturar alimentos.

The New York Times
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