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ESO divulga nova imagem de "zoológico cósmico"

1 jun 2010 - 17h47
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O Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) divulgou nesta terça-feira uma imagem composta por quatro observações do telescópio La Silla, no Chile. A imagem mostra detalhes da Grande Nuvem de Magalhães, uma das galáxias vizinhas à Via Láctea. Foram registrados diversos fenômenos, como restos de supernovas (explosões que ocorrem no fim da vida de estrelas supermassivas) e aglomerados de estrelas. Essa região do espaço é tão rica em objetos de estudo que o ESO a chama de "zoológico cósmico".

De restos de supernovas a aglomerados de estrelas. A Grande Nuvem de Magalhães é tão rica em fenômenos astronômicos que o ESO a chama de "zoológico cósmico"
De restos de supernovas a aglomerados de estrelas. A Grande Nuvem de Magalhães é tão rica em fenômenos astronômicos que o ESO a chama de "zoológico cósmico"
Foto: ESO / Divulgação

A Grande Nuvem de Magalhães está a "apenas" 160 mil anos-luz da Via Láctea, o que os astrônomos consideram como sendo "muito próxima" à nossa galáxia. Pelo seu formato, ela é considerada uma anã irregular e tem menos de um décimo da massa da Via Láctea. Os astrônomos acreditam que ela era uma espiral clássica, mas seu formato foi afetado por causa da gravidade da nossa galáxia e de outra também próxima, a Pequena Nuvem de Magalhães.

Segundo o ESO, a imagem combinada mostra ainda dezenas de agrupamentos de jovens estrelas, além de nuvens de gás brilhante e um número enorme de estrelas com pouco brilho no fundo da imagem, que viriam de outras galáxias, mais distantes que a Grande Nuvem.

Os estudos dos agrupamentos de estrelas dessa galáxia indicam que ela tem uma história de formação de estrelas mais recente que a Via Láctea: enquanto na nossa galáxia esses agrupamentos são formados muitas vezes por estrelas vermelhas (mais velhas, com até 10 bilhões de anos), a vizinha tem muitas jovens (com até 3,5 bilhões de anos). Ou seja, a Grande Nuvem é considerada uma região com grande número de nascimento de estrelas.

Apesar do grande número de nascimentos, também podem ser vistos os restos de supernovas. No canto superior direito, uma nuvem conhecida como DEM L 190, também conhecida como N 49, pode ser vista. Essa nuvem gigante é a mais brilhante da galáxia é o resultado da explosão de uma estrela. Agora, no seu centro, restou apenas uma estrela de nêutrons, com uma poderosa força magnética.

Fonte: Redação Terra
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